Um legado humano que nunca deixaremos de vislumbrar. Uma prova de que nossa evolução precisa ser norteada por um ser que sempre esteve perto de nós, às vezes tão perto que chegamos a pensar que somos únicos.
Podemos tê-lo ao nosso lado e em nós, sempre. |
Ele caminhava pacífico, como um
ser que pensava em tudo, no mundo, nele mesmo e no próximo; um caminhar leve,
sem exageros e na medida de cada passo sorria. Seus braços balançavam soltos
como dois papeis em uma janela; sua paz, incomodada pela guerra dos outros
quase saindo do eixo, firmava-se; e nessa paz que tanto busco, lá estava meu
ideal, o que sempre em mim revela-se quando a vejo.
São mestres, todos eles, os que
resguardam a estrela natural a que almejamos; são nos mestres que entregamos
nossos insignificantes questionamentos, que, ao crescerem conosco, desenvolvem
potenciais dos quais, mais tarde, plasmados, tornam-se ferramentas para lidar
com o mundo.
E há muito nos estregamos,
criamos esse vínculo; pois olhamos para o céu e vimos que nele há algo maior
que pulsa, que evolui, há mais que isso... A hereditariedade. Nela aprendemos
que devemos obedecer a cada grau, a cada ensinamento, de acordo com nossa
capacidade, com nossa natureza...
Significado
Os mestres nada mais são que
parte dessa hereditariedade universal, pois aprendem a resguardar o necessário,
e passar o suficiente com a finalidade de entendermos o porquê desse mistério
que se esconde em nós, ao passo descobrir que somos um pouco desse grande
mistério que se mostra em forma de estrelas, de sóis, e quem sabe de um grande paraíso...
Por isso, nossa alma, em tempos
idos, encontrou mestres, segui-os, realizou-se, elevou-se e fomos ao “céu” a
que um dia tínhamos almejado, contudo, graças ao monstro do materialismo, nos
perdemos, e confusos na história, fomos obrigados a ser um pouco do que não
somos, e mais tarde, completamente sem rumo, nos desmistificamos, e em busca do
nada nos perdemos por completo...
A figura do mestre, no entanto,
nunca se perdeu. Sempre esteve perto de nós, como um mero sol que brilhava, e
que brilha desde sempre, como uma figura – ainda que diferente fisicamente em
todas as épocas --, que nos norteia em favor de um caminho para as estrelas,
que burlam em nós, nos direcionando novamente...
Hoje
Ao caminhar com nossos mestres,
sabemos que não podemos lidar com figuras metafísicas que nos trabalham o ego
em nome do que podemos saber. Temos que nos firmar com aquela figura pacifica
que nos ouve, como a um pai que perdemos há milênios.
O mestre é a prova real de nossa
metafísica, daquela que buscamos em nome de uma tradição que não nos engana, e
se revela tão necessária quanto nosso pão de cada dia; pois o pão, hoje, custa
caro, a sabedoria, não.
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