Vamos dar uma pausa ao grande Marco Aurélio e falar um pouco da juventude. O que ela quer, para onde irá, e por quê. Sei que o grande filósofo tem algo a dizer sobre esses seres eternos que brilham sob o sol da eternidade, mas vamos devagar, sem pressa, e de repente chegaremos lá...
Ideal do jovem: simples, ao passo complexo. |
Sei o quanto é difícil construir
dentro de um tema atual uma reverberação filosófica a partir de premissas
tradicionais. Fica difícil se aprofundar. As ferramentas que temos, pelo menos
as que eu tenho, não são muitas, mas acredito serem o bastante para começar
algo.
Eu quero falar dos jovens, de seu
comportamento, tentar entrar em suas indagações, seus jogos, seus ganhos, ainda
que pequenos; sei que é um tema que geraria outros e mais outros, nos quais me
perderia; contudo, dentro do aspecto filosófico, ao que venho martelando há
tempos neste blog, posso iniciar alguns devaneios, por assim dizer, acerca do
que podemos salientar em termos de mudança necessária a eles, ou mesmo
salientar a força que desprezam, a força não física, mas a metafísica... Essa
se esperdiça em tempos, a olhos vistos em todos os lugares e momentos...
O que significa a metafísica ao
meu prisma? Algo que possa salientar uma busca mais aprofundada por um
comportamento digno de um jovem, baseado em premissas educacionais mais
humanas, não necessariamente clássicas, ou seja, não precisa o jovem (seja um
humilde soltador de pipas ou um revolucionário idealista) saber a respeito de
Platão, Aristóteles, etc...
Mas trabalhar um Bom-Senso
enraizado em algo que ele próprio possa trabalhar, crescendo, em comunhão com
evidências nas quais ele mesmo passa. Meros pensamentos... Sim, mesmo porque
exemplos há, em experiências – agora, minhas – em que o jovem prefere a
politica do “não cabresto”.
Não sei se é a politica, a
própria democracia, as revoluções anteriores, as passeatas pós-ditaduras dos
estudantes que pediam um governo melhor, os quais passaram a imagem de guerreiros
de uma época amarga, porém, ao mesmo tempo, singularizaram a outros a imagem de
buscadores da liberdade perdida...!
Será? Não sei. Talvez, tudo isso e
nada disso. O que meu prisma permite dizer é que estamos assistindo a uma forma
desastrosa de cópia do que fazemos de mal, como se somente o que não
fosse válido... Fosse realmente válido!
Exemplos... Na década de setenta,
eram músicas românticas e em outro extremo politizadas, geniais. Hoje, um
romantismo quente, cheio de sexo, palavras vãs, e quanto à politica, formas
aleatórias, às vezes formais e, no outro extremo, desinteressantes... Ontem tínhamos
a TV, o Som, a Radiola... E hoje, internet, watzap, etc, em comunhão com o que
pensam, fazem e realizam, assim como os instrumentos do passado fizeram aos
revoltados de calças com zíper...!
Não sei... De repente estou
certo; mas é possível que esteja mais errado, mesmo porque há pessoas que
possuem filhos que vão de encontro a tudo aquilo que digo e ao mesmo tempo há
outros que singularizam o que eu disse, enfim, nesse quesito é sempre bom
pegarmos um pouco da Tradição e tentar encontrar um modo de entender o que
idealizam, o que realmente querem e podem fazer a respeito de si próprios.
E para iniciar, gostaria de salientar um dos maiores mitos
já colocados aqui, nesse blog, a respeito da juventude e seu caminho. O Mito de
Dédalo e Ícaro.
Até amanhã.
Até amanhã.
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