"O melhor modo de vingar-se de um inimigo é não se assemelhar a ele"
Tivemos várias figuras no passado com a intenção de nos relatar seus feitos, seu heroísmo, enfim, suas histórias com a finalidade imortal de nos auxiliar no futuro, mas nenhum deles escreveu algo tão profundo e humano, e que servira em todas as épocas, a todos os homens, e se houvesse um semideus em terra, a ele também serviria. Marco Aurélio.
Marco Aurélio. Imperador-filósofo. |
Muitos escritores tentam relatar seus feitos, em seus
livros, como diários abertos ao mundo, mas nenhum deles, até hoje, como o Imperador-filósofo
Marco Aurélio (26/4/121 a 17 marco de 180) o fez. Marco Aurélio foi um dos
cinco melhores imperadores romanos, dos quais podemos retirar quase que
completamente seus ensinamentos aos dias atuais.
Marco não perseguiu povos; foi dedicado ao seu; era um homem
culto – apreciador de clássicos – e tornou-se estoico com a admiração de seu
escravo Epiteto. Com tudo isso, escreveu uma obra que servira até os dias
atuais como inspiração aos mais elevados dos generais – e ao mesmo tempo, ao
mais comum dos homens.
Em suas batalhas, que foram marca de seu reinado, Marco
escreveu Meditações, livro esse que
fala de coisas profundas, nas quais ele mesmo tenta se pautar como homem
coerente em busca de algo que o transcenda, ou que o melhorasse com cada
batalha diária... Estas últimas semelhantes às nossas.
Dizem que faleceu em uma campanha, mas muitos falam que seu
filho, Cômodus, o assassinou, em razão de Marco Aurélio escolher para o seu
trono um general espanhol, o qual não teria o sucedido ante a morte do
imperador.
Quando Marco fizera suas anotações, sabia que eram eternas,
pois sintetizava valores absolutos ao ser humano, de modo profundo e simples.
Eram verdades ditas em experiências e ao mesmo tempo utopias as quais, para
muitos, eram vistas com inalcançáveis, mas para muitos forças advindas de um
homem que conseguiu eternizar o próprio desejo humano, estoico ou não, em
realizar suas vontades espirituais. E ninguém melhor que o discípulo de
Epiteto, tão estoico quanto o primeiro, para realizar essa façanha.
Muitos, pelo fato de ser do estoicismo, uma escola
pré-socrática, não observam da maneira como deve, ou seja, não dão atenção ao
que ele chama de ‘ser’, de ‘alma’... mesmo porque para as seitas atualmente não
interessa muito. Pelo contrário. Quando se refere ao estoicismo, ficam à mercê de
pensamentos críticos, pois foi uma escola que corria em paralelo ao
cristianismo.
Muitos não sabem, no entanto, que discípulos, como Paulo,
João, podem ter bebido da mesma água que o imperador-filósofo. Dizem as
benditas línguas que até mesmo o comportamento cristão se baseou em duas
frentes, a egípcia e a estoica, sendo esta última uma escola helenística,
fundada por Zenão de Citio, no século III a. C., e seus ensinamentos baseavam-se
na perfeição moral e intelectual.
Ao longo dos textos que serão publicados, colocarei um pouco
do significado dessa profundidade estoica, mesmo que não seja tão profunda em
alguns pontos; mas, para o nosso dia a dia, assim como até o fim de nossa breve
vida – aos olhos de Maya, -- podemos desejar chegar a algum ponto, e que esse
ponto seja a luz que tanto procuramos.
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