terça-feira, 9 de setembro de 2014

Um Marco na Filosofia

"O melhor modo de vingar-se de um inimigo é não se assemelhar a ele"


Tivemos várias figuras no passado com a intenção de nos relatar seus feitos, seu heroísmo, enfim, suas histórias com a finalidade imortal de nos auxiliar no futuro, mas nenhum deles escreveu algo tão profundo e humano, e que servira em todas as épocas, a todos os homens, e se houvesse um semideus em terra, a ele também serviria. Marco Aurélio.




Marco Aurélio. Imperador-filósofo.




Muitos escritores tentam relatar seus feitos, em seus livros, como diários abertos ao mundo, mas nenhum deles, até hoje, como o Imperador-filósofo Marco Aurélio (26/4/121 a 17 marco de 180) o fez. Marco Aurélio foi um dos cinco melhores imperadores romanos, dos quais podemos retirar quase que completamente seus ensinamentos aos dias atuais.

Marco não perseguiu povos; foi dedicado ao seu; era um homem culto – apreciador de clássicos – e tornou-se estoico com a admiração de seu escravo Epiteto. Com tudo isso, escreveu uma obra que servira até os dias atuais como inspiração aos mais elevados dos generais – e ao mesmo tempo, ao mais comum dos homens.

Em suas batalhas, que foram marca de seu reinado, Marco escreveu Meditações, livro esse que fala de coisas profundas, nas quais ele mesmo tenta se pautar como homem coerente em busca de algo que o transcenda, ou que o melhorasse com cada batalha diária... Estas últimas semelhantes às nossas.
Dizem que faleceu em uma campanha, mas muitos falam que seu filho, Cômodus, o assassinou, em razão de Marco Aurélio escolher para o seu trono um general espanhol, o qual não teria o sucedido ante a morte do imperador.

Quando Marco fizera suas anotações, sabia que eram eternas, pois sintetizava valores absolutos ao ser humano, de modo profundo e simples. Eram verdades ditas em experiências e ao mesmo tempo utopias as quais, para muitos, eram vistas com inalcançáveis, mas para muitos forças advindas de um homem que conseguiu eternizar o próprio desejo humano, estoico ou não, em realizar suas vontades espirituais. E ninguém melhor que o discípulo de Epiteto, tão estoico quanto o primeiro, para realizar essa façanha.

Muitos, pelo fato de ser do estoicismo, uma escola pré-socrática, não observam da maneira como deve, ou seja, não dão atenção ao que ele chama de ‘ser’, de ‘alma’... mesmo porque para as seitas atualmente não interessa muito. Pelo contrário. Quando se refere ao estoicismo, ficam à mercê de pensamentos críticos, pois foi uma escola que corria em paralelo ao cristianismo.

Muitos não sabem, no entanto, que discípulos, como Paulo, João, podem ter bebido da mesma água que o imperador-filósofo. Dizem as benditas línguas que até mesmo o comportamento cristão se baseou em duas frentes, a egípcia e a estoica, sendo esta última uma escola helenística, fundada por Zenão de Citio, no século III a. C., e seus ensinamentos baseavam-se na perfeição moral e intelectual.

Ao longo dos textos que serão publicados, colocarei um pouco do significado dessa profundidade estoica, mesmo que não seja tão profunda em alguns pontos; mas, para o nosso dia a dia, assim como até o fim de nossa breve vida – aos olhos de Maya, -- podemos desejar chegar a algum ponto, e que esse ponto seja a luz que tanto procuramos.

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