quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A Culpa é das Estrelas?




Desde pequeno colocamos a culpa em alguém quando aprontamos e não assumimos nossos erros. E nesse mesmo período, erramos às vezes voluntariamente, e ao perceber que mais tarde erramos, mesmo assim não aceitamos... A culpa sempre é do próximo, ou daquele que está ausente... E ao chegar à idade mais madura, acreditamos que temos o caráter para dizer frente ao espelho que nossos erros são nossos e de mais ninguém; que vamos abraçar as consequências, sejam elas bônus ou ônus, sofrer com famigerado castigo... E mais tarde aprender com ele... -- ledo engano!

As reflexões a partir de uma consciência que sabe dos seus referenciais está a cada dia mais distante, mais obscura. Não somente em nós. homens de bem (ou que julgamos ser), nos adolescentes que se aprimoram em fazer buracos em seu presente, como acabar com seus idealismos por falta de um projeto, de um trabalho que lhe possa dar mais maturidade e aprender com ele. A própria sociedade -- agora de forma macro -- também sustenta esse título de irresponsável, mesmo porque ela nada mais é que a composição de vários núcleos que se integram e se relacionam -- entre si ou não -- e que se harmonizam por meio de leis pequenas, justas, porém flexíveis, o que dá a margem para que queiram e façam o que quiserem!

Enfim, a sociedade, em meio ao que não percebe, acaba por errar, pagar pelos seus erros, e fazer com que as leis se adequem ao seu universo, não ao contrário, como se fazia na Antiguidade, quando famílias possuíam suas divindades, entre elas a do Lar, e a respeitavam como um deus concreto e inviolável, de modo a disciplinar seu comportamento com vistas ao que a entidade era. Hoje, como cristã -- pelo menos noventa e nove por cento -- há apenas as divagações sociais e teóricas acerca do que é ou não é Deus, trazr à tona problemas em forma de respeito à família -- aos pais, irmão e a si mesmo. A religião, nesse ponto, posso dizer, me faz crer que é um ponto importante na educação dos jovens, para que ele adote princípios em sua vida.

Agora de maneira um pouco mais macro, podemos dizer que tais consequências -- mais uma vez, boas ou ruins, podem ser observadas em autoridades que se revelam, no início, responsáveis pelos seus atos junto à população, e colaboram para o bem estar de um país. Contudo, por "debaixo do tapete", um mar de incoerências, incongruências, incompetências, corrupções, mortes, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e desvio de verba daqueles que neles votaram...

O que foi feito na frente das cortinas jamais será lembrado, mesmo porque sabemos que, no fundo, há uma obrigação do governante, seja ele pequeno ou grande, mas que fora eleito com fins de realizar desejos da massa, e jamais será perdoado, em vista do que fizeram por trás das cortinas. E a depender do país ou mesmo da sociedade em que se encontra, governante sofrerá o máximo, como sempre o foi dentro da história humana, quando se sabe que alguém usufrui de um bem que não é seu.

Há nações, no entanto, que levam anos para trabalhar esse quesito histórico -- de fazer com que o governante respeite o que não é seu, dando-se a punição que merece. Essa nação, dentro do que podemos dizer acerca de nossas reflexões, possui mais irresponsáveis, inconsequentes, corruptos do que aqueles que vieram com projetos de crescimento de um país...


Ultrapassando as fronteiras do relativismo, podemos dizer que o homem, em seus feitos políticos e religiosos, ambientais, etc,  jamais saberá lidar com o que fez com a sociedade, porque não sabe assumir seus erros...

A culpa não é das estrelas.









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