quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Fio de Esperança

De volta ao presente.


Sempre que acordamos, o fazemos por algum motivo seja ele qual for. Mas quando esse motivo nos some da mente e da alma, a nos fazer levantar, escovar os dentes, tomar banho, tomar café, de forma mecânica, temos que dar uma pausa. Não somos máquinas, temos o direito de refletir acerca do que nos ocorre, ou mesmo sobre aquilo que quer nos tornar um "ciborgue".

Normalmente, pensamos na família, em especial nos filhos, os quais sempre são a sensação de nosso viver, pois refletem a educação que queremos, ainda que em algumas vezes nos sentimos culpados por alguma má direção. Porém, na maioria das vezes, quando em brincadeiras nos perdemos -- no futebol, no chão, com seus brinquedos de heróis, no banho de mangueira... Temos a nítida certeza de que estamos indo para o caminho do Bem.

Há, entretanto, o fato de que irão crescer, tornarem-se homens, terão suas escolhas, mesmo que, lá trás, você tenha, repetidas vezes, dialogado sobre o que é realmente bom ou realmente mal. Terão atos praticados sem qualquer referenciais, não saberão nem mesmo o que seria isso, mesmo porque andarão em "águas proibidas", tais quais os pais o fizeram na juventude...

O medo maior, contudo, se esconde na tatuagem... (calma!), digo, em problemas que jamais poderão desfazer, mas, esperamos, enfrentar, abraçar e, pelos deuses, aprender com eles. A juventude de hoje, infelizmente, se iguala a um exército que se acomoda no meio das matas, propício a perigos dos quais podem deles sair até mesmo a morte... Pois perderam o escudo: a educação.

Há que refletir antes de fazer,sempre baseados em premissas fortes, das quais tiramos nossas palavras (lá do fundo do coração) com a finalidade de lhes direcionar para a parte que nos interessa, a parte da vida que brilha tanto quanto o sol pela manhã...

Por isso, leio muito, e tento praticar "socraticamente" ações quando possível. Por que "quando possível" e não sempre? A vida nos dá problemas e cada um com o tom da cor da pele de cada um, ou mesmo da maneira que somos internamente. Os pais, além de tentarem resolver os seus grandes problemas, devem fazê-lo como heróis que empunham suas lanças e decretam guerra somente para demonstrar sua força junto aos filhos. Assim o somos, homens que buscam ideais, sejam em forma de projetos, em forma de modificação social, familiar, religiosa, e mais, educando seus filhos nessa jornada que não cessa jamais.

Não podemos, no entanto, deixar que toda essa tentativa de realizar sonhos alheios faça parte de sua vida até o fim dela. Há outros ideais, e por eles que vários homens do passado queriam nos traduzir com a finalidade de nos deixar um pouco melhores, todos os dias. Essa tentativa, essa busca obrigatória humana talvez seja a mais difícil, porque, em noventa e nove por cento dos casos, não abrimos mão de nossos princípios -- muito pelo contrário --, pois, temos medo do que é novo, ou daquilo que mexe com nossos brios, os quais foram formatados por nossos pais, avós, bisavôs, enfim, do novo, e quando damos o primeiro passo para frente... andamos mais dois para trás, automaticamente...

Preciso acordar com mais esperanças de que o que nos cerca de forma invisível é tão mais forte e melhor do que aquilo que vejo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....