segunda-feira, 28 de maio de 2018

Guerra Infinita: o caminho

Entre muitos Tanus que nascem e desenvolvem seus ideais, nascem em contrapartida também homens mais fortes, mais sábios, mais conhecedores dos mistérios humanos. Assim como no passado um dia nasceram, sei que um dia haverá aquele que se preocupará com a humanidade, com seus reais interesses em lidar com o mundo, com a vida, como enfrentá-la apesar dos pesares.

Surgirão aqueles (ou aquele) que, em meio ao lixo social e destruição humana, farão reverberá o som da palavra fogo, que incendiará o mundo (não literalmente) e fará a todos repensarem o porquê de sua existência, e da necessidade de olhar um pouco mais para trás e sentir o ar de uma realidade que, antes, fazia parte do pulmão humano, não esse que respiramos forçosamente, sem saber.

Olharemos mais o que há dentro de cada um, e aceitaremos suas dificuldades, seus problemas, suas diferenças ainda que estejam além de uma possível resolução natural e tentaremos, com o pouco que temos, ser o que somos: humanos, sem interesses pessoais, familiares, enfim, que nele haja apenas um tipo de interesse, o de criar vínculos e não desfazê-los.

Sim, é real, temos em nós a veia da separatividade, do mal, no sentido mais filosófico que se pode conceituar, porque nos separamos de nossos reais objetivos, dos poucos ideais que os deuses nos deram, que é unir, ser forte, prosseguir, com mãos dadas ou não, pobres ou não, com cores diferentes ou não, enfim, perdemos não somente o porquê, perdemos a prática desinteressada como se perde um grande avião, no qual poucos passageiros se adentraram, se foram e não voltaram mais.

O Tanus nasce da falta de resoluções internas, da falta de conhecimento do ser humano em relação a sim mesmo. Nasce de uma estrutura ignorante, na qual indivíduos se comportam como vermes calados a espera de soluções de outros Tanus, o que nos revela uma incoerência tão fria, que nos ativa, às vezes, a consciência do "porquê" estamos fazendo isso conosco. Na maioria das vezes é tarde demais buscar soluções, mas o tempo nos diz que ele é o maior dos deuses e ganhamos, sempre, a partir do momento em que olhamos ao nosso redor, nos posicionamos, enfrentamos, e começamos a construir, mesmo em contrapartidas em destruição infinitas.

Pensemos nas formigas, quando são pisadas, são massacradas quando há uma queimada, ou mesmo quando predadores naturais a encontram. O fim nunca está próximo desses seres, pois se alimentam do trabalho, instintivo claro, se erguem do nada, pois nunca deixam a rainha visível. Em nosso caso, nos expomos com lágrimas, com dores, com quedas e pedimos ajuda, e choramos mais, e nos mostramos volúveis às pequenas batalhas. Por isso, a guerra é infinita. 

Olhar para si mesmo, defender seus ideais internos, não deixar que sejam pisados, machucados, e quando o forem, olhar para seu referencial, forte como uma muralha, continuar sem choros inúteis, prosseguir, e cultivar o que hoje não se cultiva, humanidade. Assim, como orquídeas raras nasceremos novamente, brotaremos em qualquer lugar, cresceremos sem depender de homens imensos com caras de intelectuais ou de seres que falam em demasia em prol de interesses limitados.

Conseguiremos, assim, vencer Tanus, o maior dos vilões.

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