... Foi proposital o título acima (A Meta Física), com os vocábulos em separados, em vez de a Metafísica, a significar "além da física", além da compreensão rasteira e básica dos estudiosos de uma didática menos avançada. Quero falar, nesse momento, que a meta é o físico, de verdade, sem 'medo'. Dizer que somos todos voltados a esse invólucro sagrado que se vai após a morte, e que sustenta nossos desejos, sentidos, loucuras entre outras coisas.
Ele, nosso físico, para o qual vivemos egoisticamente, todos os dias, é visto por meio de espelhos que criamos, ou espelhos criados, de modo a nos identificarmos com ele, como se fosse eterno. Todavia, ao nos bater a realidade da Vida -- isso mesmo, com V maiúsculo, na qual estamos todos, humanos ou não, vem-nos uma depressão somente em pensar que, um dia, vamos perdê-lo.
Assim, a morte é-nos inimiga, a má gestora, a dor premeditada, a planejadora de ideias malignas que vai desfazer nossos sonhos de eternidade... E assim, morremos antes mesmo que ela (a morte) nos venha. É o culto ao físico, com auxílio de uma personalidade voltada ao ego, educada para satisfazer as necessidades extremas do teu corpo -- nosso corpo.
E como uma criança mal educada, o corpo exige; como um cãozinho mal adestrado, pede para comer, beber, viciar-se, ou mesmo envelhecer por meio da dor. Noutros mais educados quanto à educação física, os mais interessados em deixá-lo 'top', chegam à academia por volta das cinco da manhã, saem às dez, e não pensam em outra coisa senão tomar remédios anabolizantes para deixá-lo acima da média.
É o vaidosismo. Aqui cabe, também, o charme físico daqueles que querem conquistar com músculos até na face! E não faltam, claro, pretendentes femininas (ou não), como que encantadas pela beleza 'grega'. Mal sabem os fisicultores que os deuses gregos eram baseados na perfeição física, mas também na espiritualidade humana, sendo esta muito mal compreendida atualmente, e por isso somos fadados a ver todos os dias belezas que se julgam gregas.
A real beleza humana sabemos que reside não somente no físico, mas principalmente dentro dele. Se conseguimos melhorar nosso físico (ou contemplados desde nosso nascimento), pensemos em melhorar o que somos por dentro, mesmo que sejamos materialistas, senão sucumbiremos antes de aprender ser o que somos: humanos.
Volto com o assunto,
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