Feche os olhos e pense na folha real |
É impressionante como somos cegos ante a vida. Há momentos em que percebemos a vida em nossos pés, trazendo elementos simples e ao mesmo tempo profundos, todavia, não tiramos nada deles. Graças à nossa via dualista, fazemos uma 'viagem mental' como se fôssemos seres despercebidos da mágica natural que nos acontece diariamente.
Não é de hoje, muito menos de ontem, mas de milhares de anos atrás, deixamos de perceber, ainda, que nossos conceitos acerca de tudo nada mais é em função daquilo que observamos e sentimos, praticamos e julgamos, como um pré-pré conceito indefinito. Ou seja, transformamos tudo em uma metafísica ingênua baseada em raciocínios advindos de nossa razão (mente) que, a depender de nossas visões futurísticas ou não, destrói ou constrói o que em milhares de anos se levantou com sacralidade...
É bom olhar para trás, e tentar observar alguns templos naturais, não com os olhos de uma razão relativa, corrosiva, mas que se conjuga com a alma, e esta, com a maior. Platão queria que o homem, em suas tendências humanas, pudesse perceber que nele há o nows, a alma divina no homem, dentro da qual ideais de elevação, de busca fossem elementos con-sagradores no sentido mais sutil da palavra, porque, acreditava, estamos 'usando' de artifícios meramente materiais para a consecução de nossos céus internos, o que já anula nossas pretensões junto a Deus.
Claro... Deus é tudo, porém, se tenho a visão de elevação, não posso mirar os vermes terrenos, ou mesmo a escuridão da alma. Tenho que subir, conhecer a Vida, saber o que está por trás dos atos humanos quando crescem, se tornam homens reais, e o porquê disso. Temos muito mais a compreender, mesmo porque não somos apenas uma criança que ganha seu carrinho de Natal e corre para o quarto, e lá fica até o Ano Novo...
O que nos faz tentar entender o que somos é alma que burla o espírito ou mesmo os valores espirituais. Ela troveja em nome dos céus, joga raios em nome da verdade, faz caminhos em nome da Justiça; o que na realidade nos transforma em reais homens não é o que pensamos, mas o que fazemos com esse pensamento, principalmente se vier regado de divindade.
A Natureza agradece.
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