Homero: a tradição em forma de poemas. |
Para quem entende a História como
a essência que religa o homem com seus ancestrais, com a divindade ou mesmo com
a sua origem, sabe que as Antigas Civilizações sempre demonstraram interesse em
procurar manter os mistérios sagrados de seu povo, pois entendiam que tais
mistérios viessem um dia virar pontos coloquiais, até mesmo racionais, e por
sua vez mal compreendidos em épocas que os sucederiam.
Para isso, existiam, como já fora
dito aqui cansativamente, os mitos, os quais tinham a finalidade de resguardar
uma realidade que só eles – o povo que o formou – entendiam. Depois de tempo, é
claro, o mito tornou-se universal, explicando caminhos humanos a serem
buscados, além da própria essência divina, que estaria intrinsecamente dita em
meio a deuses e heróis citados... Como em Troia, etc.
E mais, antes deles, histórias
que se adequavam ao povo, depois as lendas, os contos, enfim, uma necessidade
clara de nos fazer visualizar o que não era possível racionalmente. E hoje, infelizmente, embutimos o racional em
tudo.
Mas não se pode perder o que a
História nos traz desde épocas em que o homem começou a se questionar a
respeito de si e do próprio universo. Pois a necessidade de se comunicar não
apenas com seus pares, mas acima de tudo deixar marcas humanas, das quais pudéssemos
retirar mais uma vez a essência...
Contudo, classificamo-los como
seres que construíram pirâmides, apenas para satisfazer faraós; sendo que nem
todas as civilizações os tiveram, e, quando são vistas em países da América do
Sul, e não no Egito, ficam a se questionar “... Por quê?!”...
Nada melhor do que consultar os
clássicos, sem preconceitos, e desligar-se do que você chama hoje de religião,
e praticar a verdadeira, entrando em contato com suas origens, observando de
perto, se puder, as ruinas de Cuzco, Machu Picchu, se adentrar nas grandes
pirâmides egípcias, respeitando, e se possível com questionamentos livres de um
modernismo ignorante.
Nós somos ignorantes. Pronto. Com
relação a tudo. Se observarmos a medicina, saberemos que no passado morreram
menos pessoas do que hoje, em hospitais, e observe que nem mesmo hospitais –
com esse nome claro – havia na época! Na educação, nem se fala.
Obras como Ilíada e Odisseia são
maiores que o próprio tempo que as criou. Homero, o maior historiador de todos
os tempos, não fragilizava nas palavras, e demonstrava as culturas com louvor
que mereciam, além de suas lendas. E o muito que aprendemos em relação as historias
gregas, romanas, egípcias, persas devemos a ele. Pois sabia que ali nossas
origens estavam como larvas em vulcão.
A educação atual, no entanto, não
ressalta a figura de heróis, nem mesmo dos mitos, ainda que se configure como
necessária à informação diária do individuo – criança, jovem, adulto, enfim –
de modo que mais tarde possa se tornar um cultuador
de suas raízes.
Por isso, cada pais deve
respeitar e amar sua cultura, pois cada uma delas resguarda em sua essência um pouco
de nossa ancestralidade, ou seja, um pouco de nós. E hoje, o que vejo são
jovens que querem falar outra língua, vestir roupas de outros países, cultuar
astros de cinema, como se fossem reais heróis. Vejo modos modernos baseados em elegâncias
frias, não cordiais, não cavalheirescas, assim como as jovens que se adentram em
mundos quentes, em vulgaridades, em modas rápidas, sensuais, esquecendo-se do
seu lado feminino, muito mais para satisfazer seu ego ou mesmo o sexo oposto.
A história, assim, se encarrega
de demonstrar a sabedoria bem segredada, pois, se todos tivessem acesso aos mistérios, teríamos
torres de babel em todos os lugares, pois o ser humano, levado a interesses
escusos, compraria e venderia toda ela a preço de banana pela internet...
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