segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Essência da História

Homero: a tradição em forma de poemas.



Para quem entende a História como a essência que religa o homem com seus ancestrais, com a divindade ou mesmo com a sua origem, sabe que as Antigas Civilizações sempre demonstraram interesse em procurar manter os mistérios sagrados de seu povo, pois entendiam que tais mistérios viessem um dia virar pontos coloquiais, até mesmo racionais, e por sua vez mal compreendidos em épocas que os sucederiam.

Para isso, existiam, como já fora dito aqui cansativamente, os mitos, os quais tinham a finalidade de resguardar uma realidade que só eles – o povo que o formou – entendiam. Depois de tempo, é claro, o mito tornou-se universal, explicando caminhos humanos a serem buscados, além da própria essência divina, que estaria intrinsecamente dita em meio a deuses e heróis citados... Como em Troia, etc.

E mais, antes deles, histórias que se adequavam ao povo, depois as lendas, os contos, enfim, uma necessidade clara de nos fazer visualizar o que não era possível racionalmente.  E hoje, infelizmente, embutimos o racional em tudo.

Mas não se pode perder o que a História nos traz desde épocas em que o homem começou a se questionar a respeito de si e do próprio universo. Pois a necessidade de se comunicar não apenas com seus pares, mas acima de tudo deixar marcas humanas, das quais pudéssemos retirar mais uma vez a essência...

Contudo, classificamo-los como seres que construíram pirâmides, apenas para satisfazer faraós; sendo que nem todas as civilizações os tiveram, e, quando são vistas em países da América do Sul, e não no Egito, ficam a se questionar “... Por quê?!”...

Nada melhor do que consultar os clássicos, sem preconceitos, e desligar-se do que você chama hoje de religião, e praticar a verdadeira, entrando em contato com suas origens, observando de perto, se puder, as ruinas de Cuzco, Machu Picchu, se adentrar nas grandes pirâmides egípcias, respeitando, e se possível com questionamentos livres de um modernismo ignorante.

Nós somos ignorantes. Pronto. Com relação a tudo. Se observarmos a medicina, saberemos que no passado morreram menos pessoas do que hoje, em hospitais, e observe que nem mesmo hospitais – com esse nome claro – havia na época! Na educação, nem se fala.

Obras como Ilíada e Odisseia são maiores que o próprio tempo que as criou. Homero, o maior historiador de todos os tempos, não fragilizava nas palavras, e demonstrava as culturas com louvor que mereciam, além de suas lendas. E o muito que aprendemos em relação as historias gregas, romanas, egípcias, persas devemos a ele. Pois sabia que ali nossas origens estavam como larvas em vulcão.

A educação atual, no entanto, não ressalta a figura de heróis, nem mesmo dos mitos, ainda que se configure como necessária à informação diária do individuo – criança, jovem, adulto, enfim – de modo que mais tarde possa se tornar um cultuador de suas raízes.

Por isso, cada pais deve respeitar e amar sua cultura, pois cada uma delas resguarda em sua essência um pouco de nossa ancestralidade, ou seja, um pouco de nós. E hoje, o que vejo são jovens que querem falar outra língua, vestir roupas de outros países, cultuar astros de cinema, como se fossem reais heróis. Vejo modos modernos baseados em elegâncias frias, não cordiais, não cavalheirescas, assim como as jovens que se adentram em mundos quentes, em vulgaridades, em modas rápidas, sensuais, esquecendo-se do seu lado feminino, muito mais para satisfazer seu ego ou mesmo o sexo oposto.

A história, assim, se encarrega de demonstrar a sabedoria bem segredada,  pois, se todos tivessem acesso aos mistérios, teríamos torres de babel em todos os lugares, pois o ser humano, levado a interesses escusos, compraria e venderia toda ela a preço de banana pela internet...

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