Árvores da Vida: em direção ao céu. |
Abrir mão de nossa educação é muito difícil. Quando chegamos
ao período de escolhas é como já sintetizássemos o que somos ou podemos ser;
ou, naturalmente, o que acreditamos ser. Assim, começa período em que a
personalidade, já voltada ao que tanto buscou e conseguiu, com o mínimo de
experiências, a se formar.
Alguns especialistas já disseram que a criança de sete anos
já possui a personalidade já pronta. Eu não sei o que significa personalidade
para esses especialistas, pois, se preciso
levar algum tempo para formá-la, o que teria uma criança de sete anos
desenvolvido em seu livrinho de experiências internas? – não sei.
Contudo, talvez, em razão de algumas que já nascem “quase
prontas”, inclinadas a computadores, celulares, sejam referências a eles, pois,
fora isso, não sei o que dizer em relação a elas.
Há outras também, que superdotadas, chegam ao mundo
resolvendo problemas alheios, na medicina, advocacia; além daquelas que desenvolvem
um espírito de colaboração ideológica em países em guerra. É... , pelo que
percebo, há mais motivos do que não motivos para salientar tal pesquisas em crianças
com personalidade já pronta...
Ainda sim, acredito que seja necessário – fora os casos por
mim considerados acima como anormais – que haja no mínimo uma semente, uma raiz, depois uma longa data para formar o
tronco, após, os galhos... E por consequência, no mais tardar, os frutos.
A raiz de uma personalidade é a o período de escolhas, ao se
deparar entre o certo e o errado, entre o que se quer e o que não se quer;
aqui, muitos pais enlouquecem, pois, quando o pequeno demostra o poder de
querer, desejar, e levar o que quer, já inicia seu primeiro passo para escolhas
maiores – assim, é a raiz de tudo.
O tronco, podemos visualizar como aquele que sabe o quer, e
deseja firmemente, por meio de escolhas das quais ele não abre mão. É, de certa
forma, um individuo que possui a força certa para desenvolver seus projetos,
pois é preciso que vá até o fim para saber do que é capaz.
Os pequenos galhos, mal direcionados, nos mostra a
imperfeição nata do ser humano, mas que também dão frutos. E estes, doces ou
amargos, são o auge de nossos comprometimentos, enraizados em projetos bons ou
maus, por isso alguns são doces e outros, um pouco amargos, e mais alguns,
apodrecem antes do tempo...
O que quero dizer é que, depois de formada a personalidade –
o fruto nosso – não há ninguém que possa desfazer o que aprendemos, desde que
nascemos até a idade natural de cada um. É a educação básica – aquela que temos
de maneira natural, além daquela que nossos pais nos dão. Esta, a depender de
quem as tem, jamais abre mão. É o caso da maioria, mesmo porque o que seria de
nós sem a educação de nossos genitores?... Uma educação mundana? Cega? Com predileção
à vulgaridade, invertendo nossos modos práticos?...
Talvez.
Mas o que nos faz, então, às vezes, abrir mão do que nossos
pais nos deram para cair em arapucas, ciladas politicas, religiosas, pseudo filosóficas-idealísticas?...
O nosso descontentamento com o a educação de base?... A inocência, a falta de personalidade?...
Sim. A falta de personalidade. Há aqueles que ainda não a
possuem, ainda que passem anos a fio, na tentativa de lidar consigo mesmo e
criar troncos idealísticos ou mesmo gerar frutos, e quando o fazem, tem dúvidas
acerca de sua capacidade de fazê-lo.
A personalidade volúvel é isso. Tão pobre de elementos nos
quais ela mesma deveria se fincar, que armadilhas há que a fazem desabar (não é
nem cair) em arapucas simples, como em falácias de partidos, de religiosos, de sociedade
secretas (à vista deles...), que só deturpam o real significado da própria instituição,
que, na maioria das vezes, em seu conceito, só quer o bem, porém, seu membros,
com ideias escusas, se acham na obrigação de criar outras para levar mais indivíduos
a ela... O mundo tá cheio dessas!
Há outras sociedades, no entanto, que não abrem mão se
seguir a tradição do Bem, como um todo, e dentro de sua filosofia leva o
individuo a raciocinar em cima daquilo que ele conseguiu ser até então. Depois,
usando como ferramenta maior a sua persona (máscara em grego), transforma-o em
um grande homem ou mulher.
Assim, deveriam ser os manipuladores de mentes. Pensar no
Bem. Contudo saber conceituá-lo e levá-lo ao cume do entendimento ao jovem que
há tanto busca em sua empreitada o que é certo e errado no mundo. Fazer, ainda, projetos nos quais pode-se
praticar o Bem, não excluindo o Mal propriamente, pois um é a raiz do outro, e
os dois são elementos de uma mesma face.
Assim, trabalhar a personalidade é tentar entender a si
mesmo um pouco, e também aos outros. Moldá-la até que tenhamos um único
objetivo, fortalecer mais o tronco, em direção ao céu de nossas possibilidades.
RegisBama,
ResponderExcluiré sempre um prazer ler suas pílulas de sabedoria!
Abraço fraterno,
Lulupisces.