quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Pingo d´água no Oceano da Vida


Pingo d´água: uma metáfora aguda 




Todos sabemos que, ao jogar qualquer faísca em um aquário, sem peixes, pode-se observar pequenas ondas se formarem na água. Claro que serão quase invisíveis pelo fato de serem faíscas, mas, em outro teste, em uma bacia com água, com uma pequena pedra, teremos a mesma visão, só que agora com mais evidentes ondas.  

Voltemos ao diminuto aquário. Vamos diminui-lo mais ainda. E mais, e mais. Agora, usando a imaginação, percebe-se que, ao jogar uma pequena pedra, quase invisível, sabemos que o efeito é o mesmo... É ou não?

Enfim, depois dessas ilustrações (teóricas) podemos fazer uma alusão metafórica em relação ao universo. Aquele que visualiza pode ser o ponto infinito, de bem longe, observando o comportamento universal, que, por meio de ações e reações, também se move.

O infinito, aquele que observa, de longe, tudo, de algum modo sofrerá reações, sim, ainda que demore, pois ondas pequenas que se desintegram literalmente é uma coisa, mas as mínimas influências de qualquer átomo, o cosmos revela-se mutante. “Nunca se toma banho num mesmo rio”, como dizia Heráclito... Ou seja, os cosmos é mutante em razão de ondas cósmicas que não cessam, por atos que ele mesmo produz, relevando-se, por segundo que seja, outro cosmos.

Terra

Hoje, o planeta terra, ao sofrer alterações, em razão do comportamento humano, que há muito vem transformando o mundo em uma sua casa, começa a se adequar, como uma célula que se transforma em outra, ao mal moderno. E assim, consequentemente, o universo... e o próprio cosmos.

E quando refletimos sobre o que podemos fazer, aqui e agora, é como se estivéssemos estacionados em uma geleira sem poder se mexer. Mesmo que ainda façamos algo, é como nada tivesse sido feito. O universo já está sofrendo as alterações de outrora, e não tardará a sofrer as de hoje, como ondas que chegam tardias às margens de um grande oceano – por isso, muitos o veem assim, como águas primordiais, ou seja, as primeiras águas nas quais tudo é tudo. As consequências são maiores que as das tsunamis...

Para desfazer o que fazemos, todos os dias com o universo, é preciso que fábricas parem de enviar lixo tóxico às nuvens, que lixos em céu aberto sejam queimados, destruídos; é preciso que bilhões de pessoas respeitem, ao mesmo tempo, as regras de comportamentos básicos em relação à economia de água, luz, gás, enfim, providências realmente difíceis, mas que podem nos trazer esperanças.

Claro que o universo não cessa, mesmo porque como diria um filósofo, “nada mais constante do que um universo em movimento”. E porque esse movimento? – Em razão de seus elementos conhecidos e desconhecidos, pela Física. E mais, o que devemos nos preocupar é com cada ato que se propaga em casa, da qual pode ser repetido em sociedades, depois em países, no mundo... Desses atos voluntários, a partir de nós mesmos, podemos dizer que é quase impossível reverter as consequências, mas como disse, podemos iniciar um processo prático em favor do dele.

Assim, como uma pequena partícula de água que vira uma onda, o que fazemos nada mais é que jogar uma pequena pedra em torno desse lago imenso, como se fôssemos  crianças de quatro anos, cujos atos involuntários, inocentes, chegam até o infinito, ao topo... Então, reverter situações nunca foi de nossa alçada. Mas temos que fazê-lo!

Então proponho que outras ações sejam a pedra maior que a outra pedra, e que as consequências sejam tais quais os atos, ou melhor, por meio de ensinamentos clássicos de comportamento humano, façamos o que as grandes civilizações sempre faziam... respeitavam a todos os seres – animais, plantas, pedras – como parte do todo, e que sem eles seriamos como a um quebra-cabeça com peças faltando.

Mais que isso, através de atos voluntários e conscientes, dentro de casa, até mesmo consigo mesmo, e por que não dizer com o próximo, partículas imensas se formaram em torno de uma sociedade, de um país e mundo, como se fosse uma tsunami benéfica tomasse aos poucos de baixo para cima todo o universo. Assim, o grande espirito universal responderá a nós como uma brisa no rosto, numa tarde quente.


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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....