terça-feira, 3 de setembro de 2013

A Rosa e o Cravo






Enredei meus caprichos nos teus,
Fui ao inferno de Dante,
Ao semblante errante,
Recaí em teu corpo véu.
Purifiquei minha´lma bandida,
Distraída pelos lírios belos
De teus olhos sérios,
Rimando com os meus.
Cantei em tuas pernas,
Desapareci da vida,
Voltei amante de seus dedos,
Perseguindo teu amor.
Beijei-lhe os cabelos,
Por trás de tuas serenas,
Na pupila do teu mundo,
Ao passo, fui profundo...
Arranquei teus lábios,
Em beijos só meus,
Sorri com ar macabro,
Ao descer ao desejo teu.
Na luz em penumbra,
Na tarde que se fazia,
Janelas cerradas da cerra
Abriam um sol sem sentido.
Perseguido e perseguidor,
Num drama entre rosa e cravo,
Fui teu escravo,
Foste minha dama por louvor.
Corri meus sonhos,
Os realizei ao teu lado,
Pois, como falcões a tua procura,

Fui um bendito homem alado.


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