Hoje, a religião, não tem como
desvencilhar, possui uma orientação: a de não responder questionamentos acerca
da reencarnação. No entanto, a sabedoria antiga, para quem lê o bastante, para
quem se intriga com o assunto, para os buscadores leais de uma verdade que se
interpõe aos ensinamentos religiosos de hoje, sabe que não precisamos ir muito
longe. Há escolas de teosofia , de filosofia e até mesmo budistas que têm, em
suas aulas, o ensinamento acerca da reencarnação... Mesmo assim, com a marca d’água
cristã.
Nelas, descobrimos que estamos –
ou a maioria – fechados com relação a determinados assuntos, os quais, na
realidade, muitos países adotam como ensinamentos normais. Porém, esse passo
seria um tanto quanto sério em um país em que se propagam, a cada dia, igrejas
evangélicas nas quais pastores, bispos e anciãos a ditar uma verdade baseada em
um livro (a Bíblia).
Perigoso isso se faz, pois ler
apenas um livro, especializar-se apenas nele, a renegar a maioria dos autores e
deles nada retirar, pois fazem parte de um ciclo de autores do mal, os quais são
citados – de acordo com certos “interpretes” – como filhos reais do filho
expulso do paraíso (!). Há outros nomes , claro.
Vejo essa renegação como uma
forma de restrição Idademediana que
poderia ser tão útil na educação ocidental quanto às de céu e inferno... Ou
seja, ser um país em que o arcaísmo é uma forma de tradição exausta, nos
transforma em absolutos não pensadores,
ainda que pensamos.
Se fôssemos um país europeu que
respeitasse as regras naturais e humanas, aceitaríamos opiniões de terceiros,
embora não adotássemos tais parâmetros, mesmo porque a religião, em si, é uma forma
de filosofia na qual se adota apenas um exclusivo a ser seguido. A questão é
que levar para a própria cultura esse parâmetro, ou melhor, essa verdade que um
dia fora mentira, é castrar as possibilidades de questionamentos, de pesquisa,
de maturidade quanto ao que podemos ser.
Digo isso porque, ainda que
Cristo seja o Salvador do Ocidente, para muitos já do Oriente, não há provas de
que o seja para a maioria dos países europeus, quiçá do Oriente, o seja! Será
que a história de um país tem algo a ver com o que ele abre mão no presente?...
Deveria ser uma afirmação, não uma pergunta.
Nós ocidentais podemos sintonizar
as culturas, mesmo atrasados em relação a muitos tópicos. Estes podem ser
vistos, hoje, em livros como Ilíada e Odisseia, A República, Leis, os quais
eram lidos antes de nascermos como Brasil, Estados Unidos, Argentina... Ou
seja, atrasados em conhecimentos
básicos, dos quais, se o tivéssemos, um pouco sequer, compreenderíamos o que é
um Estado laico, sem ser laico.
Aqui, nessa confusa educação, a
natureza humana se perde. Os humildes, os não humildes, os pastores, os falsos,
os filhos dos sacerdotes arcaicos, os filhos destes, enfim, o show de opiniões
acerca de um assunto que envolve não apenas o pensamento humano, mas um
mistério que nos cerca desde que somos o que somos! Isso é uma verdade.
Experiências
Ao passar por experiências, somos
dotados de vários sentimentos, e um deles é o medo. O medo de ir para o
trabalho, de estudar, de andar com o louco desconhecido, e o medo da morte, um
dos momentos mais certos das raças, que ainda nos faz repensar o porquê dela.
Ou seja, nosso inconsciente (coletivo) com relação ao que somos ou temos nos
revela a imaturidade de um passado histórico cheio de medo, que poderia ter
sido minimizado.
Atualmente, nosso berço feito de
civilizadores (colonizadores) brutos, de anciões que um dia quiseram até
catequizar índios, faz-nos ainda crianças em comparação com outros povos. Vejo
isso nas entrelinhas que revelam nossas fraquezas frente a tudo.
As experiências, como algo
natural dos ser humano, deveriam ser pontes para a compreensão universal, não
religiosa. Deveria ser histórica, mas isso só teria a possibilidade se houvesse
uma reflexão em conjunto. De todos com o passado.
Impossível...
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