quarta-feira, 19 de março de 2014

Em Nome do Corpo








Antes, com seus vestidos belos, perfazendo seus corpos, com uma silhueta agradável de se ver, com palavras simples, gestos tão femininos que, se fôssemos comparar com os de hoje, seriam deusas. Um chapéu a enfeitar, algumas vezes, em nome de um sol frágil uma pele mais ainda; após um cortejo – um apertar de uma mão, um retirar de um chapéu de um cavalheiro cuja educação aflorava, um simples sorriso meio estampado em seu simples e lindo rosto, era o inicio de uma grande e duradoura relação, a qual por meio de gracejos, cartas diárias, em estilos clássicos, era o símbolo de uma época em homens e mulheres sabiam que seus mundos poderiam ser harmonizados pelo que eram – asas um do outro, e grão de uma natureza eterna.

Hoje, após séculos de existência, com o advento dos aparelhos de musculação, temos uma época em que ambos os sexos demonstram mais amor ao físico do que o que realmente são, ou podem ser. Pois, em algum ponto, houve uma castração de uma educação em que o cotejamento entre os dois, que transmitia os mistérios necessários para uma conquista, se foi. Se não houver o principio moderno de cultivo físico, hoje, teremos problemas nas conquistas amorosas humanas.

Nem mesmo entre egípcios, romanos, gregos, os quais teriam motivos para uma escolha mais especial, a forma de amar não dependia do fator físico, mas de sua educação ante o mundo, ante os deuses; o cotejamento far-se-ia de modo mais específico, menos voluntário por parte da mulher, mesmo porque, à época, o homem já era considerado mais perto dos deuses, e sua forma de viver dependia de alguém lhe fosse fiel, não apenas a eles, mas aos mistérios nos quais acreditava.

O físico, assim, somente em nosso tempo, revelou-se uma necessidade para a conquista. Tão vazio, pobre e sem qualquer meio (ou ponte) para o entendimento do próximo, serve apenas para  impressionar no inicio, e desfazer-se no fim; pois se conhece a força de um sentimento para com o outro de outra forma, ou seja, no dia a dia, no sentimento mutuo para com o outro. E o físico, como satisfação imediata, torna-se secundário, ou seja, para fins sexuais, o que na realidade não satisfaz mais nada, seu tempo, em meio a crises emocionais e psicológicas, tendem  a se esvair no relacionamento....




A beleza da mulher é maior.



Mas isso não impressiona quem vive do corpo, porque encontram sempre um meio de dizer que namoro, noivados, relacionamentos em geral, é coisa para mulher, e não para homem!... Do jeito que as coisas estão indo... Entendam como quiser.

Nosso papel, hoje, como buscadores, que somos, é não deixar atrofiar o modelo antigo de respeito mútuo ao ser humano. O cotejamento  é um protocolo humano que fora extinto com o advento de um modernismo acelerado, voltado para uma personalidade deseducada em relação ao princípios humanos. 

Não deixamos nos enganar, somos tradicionais, nossa tendência é encontrar nossa maior asa, seja ela em forma física, uma bela mulher, com trejeitos específicos, singulares, como um sorriso sincero, característicos, sensíveis, e belos por si, sem o apelo físico, ou mesmo psicológico, no sentido de nos compreender, ainda que tenhamos fraquezas físicas, e espiritualmente, idealizando a mesma estrela que nos guia, a tradição; mesmo porque somos idealistas em tudo, até mesmo no par que nos servirá de asa ao nosso corpo – nosso ideal.

Às Mulheres

As mulheres, por serem agradáveis em sua aparência, devem trazer à tona singularidades naturais, não partindo da força física, ou tentando se elevar, demonstrando seus corpos, como figuras vulgares, que nunca foram. Contudo, o tempo nos mostra que, em meios on-line, a competição de corpos, presa a um vaidosismo, faz com que haja um espetáculo no qual valores que há muito demonstravam na conquista foram mais que atrofiados, foram deixado s de lado, em nome de um tempo que pede o feminismo, o machismo, não homens e mulheres, mas simplesmente um monte de carnes vestidas a disputar um lugar no mundo.

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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....