Células que nascem em todos os níveis. |
...Quando cessam os heróis fardados, quando estacionam os
homens de bem, como diria a máxima luterkinguiana, os maus aparecem. Não
devemos cessar jamais nossos ideais de paz, de amor, de humanidade, pois apenas
eles nos dão esperanças de um mundo melhor. E nada melhor do que tentar tudo
isso por meio do conhecimento, ou da labuta diária a qual nos remete ao bem ou
ao mal, em uma experiência só nossa.
...Pensemos... Antes de nascermos, éramos apenas uma ínfima
parte do universo, a menor partícula existente, entre o físico de nossa mãe
biológica e o mistério que nos preparava de antemão para o confronto com a
vida. Uma célula, que hoje, a depender do que somos como profissionais, é um
engenheiro, arquiteto, motorista, advogado, servidor, garçom... enfim, inúmeras
formas em que nos transformamos, nos formamos, e nos alimentamos como tais para
uma vida financeira melhor...
A célula, assim, crescida, torna-se também forte, gigante,
negra, branca, amarela, magra... Com aspectos físicos tão diferenciados que, às
vezes, acredito que há outras formas físicas humanas que não conhecemos – como...
Não sei.
E quando tratamos de outras células, aquelas que denominamos
ideias, como lidamos com elas?... Difícil retirar de nossa cabeça quando entra nela uma ideia. A prova disso é quando eu digo, não pensem em mesa. Aí, todos
já a imaginam a mesa... Não tem jeito...
Hoje, os grandes males do homem moderno se baseiam em
refinar essa possibilidade, dando margens para que as ideias, como células,
nasçam em nossas mentes por intermédio de mentiras em que não se acreditam há
tempos, ou que se transformaram em verdades, necessárias ao mais humilde do
ser.
Verdades que, de tanto repetidas, vieram a se tornar luzes
em túneis fabricados, os quais na realidade não passam de cavernas metafóricas
em nome de um grande interesse: o de que não se pode ir em busca do conhecimento
humano, pois se se descobriria a liberdade na primeira vez que soubéssemos seu
significado. E como uma célula, cresceria dentro de nós, e ao alimenta-la,
dando o que mais necessita – uma pequena decisão, que mais tarde seria como um pingo
num lago estático, e que nos deixaria visionários de nós mesmos, a pequena
célula nos nortearia.
Assim, como células, nasceram as grandes ideias, baseadas em
preceitos realmente verdadeiros, humanos, universais, os quais, religados com
os deuses, nos tornaram, no passado, homens e mulheres que, apesar dos pesares,
lutaram em favor de causas maiores que a nós mesmos. Até mais que isso:
chegando à divindade. Por isso a comunicabilidade, na maioria das vezes, de
grande sábios com outros que nem mesmo sabiam dos primeiros.
Uma comunicabilidade forte, que nos trouxe a possibilidade
de nos comunicar também com eles, quando temos a possibilidade de pensar e realizar
atos, com vistas aos mestres. Não
mestres que se julgam mestres, mas aqueles que estão longe de nós fisicamente,
e que deixam sua sabedoria, a pingos, evaporar na brisa de um mundo que, com
certeza, até mesmo o conhecimento pode ser deturpado.
Heróis fabricados.
Mais do que heróis fabricados em fundo de quintal, de
guerreiros debaixo de câmaras de televisão, de filósofos teóricos, que se
indignam com questionamentos; mais dos religiosos que brigam em seu próprio nome,
a dizer que não é, mas sim da grande figura que a entidade “segue”.
Na verdade, sabemos a quem buscar, e como consertar nosso
mundo. Se temos toda essa visão de conhecimento acerca do que podemos ou não,
temos estruturas para ir atrás – só não temos ainda homens e mulheres de
ideias, mas – temos a força de um mestre latente em nós, a qual se revela mais
forte quando a indignação nos toma conta, e nos faz ajoelharmos aos seus pés.
Vamos aprender, de perto, o significado de suas palavras...
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