...Se um dia, no entanto, tivermos que nos modificar internamente em atos e pensamentos, temos que entender que é preciso passar por uma avalanche de reestruturações. Não é só respeitar mais próximo, ser educado nas horas vagas, ou mesmo ser gentil com os velhinhos, como forma de zerar nossos pecados.
A mudança, como fora salientado
diversas vezes, deve ser medida pelo grau de entendimento que temos para
consigo mesmo e universo – ou Deus. Se somos apenas aquele que acredita em
histórias da carochinha, precisamos dar mais que passos, precisamos de outra
vida, pois nessa não aprenderemos nada além de complementos básicos, mas vitais
para o nosso dia a dia.
Ao dizer histórias da carochinha,
quero dizer em histórias arcaicas, das quais não podemos tirar nada a não ser
firulas engraçadas ou meramente formas pessoas, em que, mais tarde muitos olharão
e vão dizer que tais histórias não serviram para nada. O mundo está cheio
delas. A maior delas, no entanto, com certeza, é a do deus pessoal (antropomórfico),
a qual, depois de séculos, passou a ser uma verdade intransponível, ou seja,
sobre a qual ninguém pode tecer julgamento (ou transpor), caso contrário
teremos execrações em massa.
Mas... Como faísca que cai dentro
do gesso, posso tecer algum comentário, mínimo, a respeito, deixando uma coceirinha
ou uma vontade de quebrar logo com tudo!
Segundo alguns especialistas, principalmente
egiptólogos respeitados, como Christian Jaq, a crença em um deus pessoal pode
ter vindo de há séculos quando, um dia, o Egito possuía vários clãs que
compunham aquela nação, sem restrição de divindades – pois o Egito era
politeísta.
Em meio a essa junção de deuses
em um só país, o grande AKenathon (1353-1336
a. C), faraó que levou todos os deuses a um só, o Sol, teve um
entendimento horizontal acerca das divindades egípcias, as quais, antes deles,
possuíam seus altares simbólicos e que eram, em essência, adoradas.
Dizem que, após essa notória
capacidade de reunir todos os elementos em um, o Sol, Akenathon influenciou clãs
à época, as quais, em um reinado diferente do dele – desse faraó monoteísta, combinaram
toda a estrutura simbólica em um outro – o que temos hoje.
Bem mais tarde, toda essa
estrutura com um caráter volúvel – pois era violento, misericordioso, de paz,
de guerras de tribos..., fora reconhecida até mesmo por papas, na realidade tão
pessoal quanto nós, como uma semântica humana (máscara) advinda de Zeus, o
maior dos deuses do Olimpo grego.
Enfim, temos aqui uma estrutura
que pode se assemelhar a nós mesmos em comportamento, em pensamento, até mesmo
em sentimento, e isso deixa bem claro que somos portadores imaginação tão belas
e ao mesmo tempo perigosas para as gerações, quanto o que somos.
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