Silêncio,
onde estás que não te encontro?
Teus olhos
verdes, teu andado...
Tua pele
alva e cabelos longos,
Onde estás?
Teu corpo,
filho da harmonia,
Desfaz do
mundo a maestria,
Apaga a luz
do dia,
Clareia a
noite tardia...
Silêncio,
onde estás?
Chegas na
tarde sombria,
Iluminas a
lua tão fria,
Desfaz o sol
que um dia
Deixou-me
saudades...
Bom dia.
Silêncio, o
que houve?
Invisível,
sensível,
Ardente e
sorridente,
Escuso,
profundo e saliente...
Revelas a
cor natura,
Quando olhas
a pobre gente.
Silêncio...
Não vou te
escutar.
O som que
sai de sua boca,
Do teu
mundo,
Melhor que
músicas de Bach...
Adormece meu
ser,
Engrandece
minha alma,
Desfaz o
medo do segredo,
Inicia um
leve enredo...
Silêncio, o
que é amar?
Das
montanhas te vejo,
Em nuvens te
escuto,
Traduzo tua
beleza nos mares calmos,
Na manhã do
sol astuto.
E no pranto
do mudo,
Que se
contorce de terror,
Cai a
lágrima ausente,
Um grito,
por favor!
Na alvorada
fria,
Que um dia
entardeceu,
Desfez a veste saliente,
Para esse
homem que é teu.
Silêncio,
não posso te ouvir.
Nem quero
nunca mais,
Apenas segurar
tuas mãos leves,
Em meio a
tons breves,
Amar-te
perto do cais.
Silêncio,
Você chegou.
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