segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Silêncio Verde







Silêncio, onde estás que não te encontro?
Teus olhos verdes, teu andado...
Tua pele alva e cabelos longos,
Onde estás?

Teu corpo, filho da harmonia,
Desfaz do mundo a maestria,
Apaga a luz do dia,
Clareia a noite tardia...
Silêncio, onde estás?

Chegas na tarde sombria,
Iluminas a lua tão fria,
Desfaz o sol que um dia
Deixou-me saudades...
Bom dia.

Silêncio, o que houve?
Invisível, sensível,
Ardente e sorridente,
Escuso, profundo e saliente...
Revelas a cor natura,
Quando olhas a pobre gente.

Silêncio...
Não vou te escutar.
O som que sai de sua boca,
Do teu mundo,
Melhor que músicas de Bach...
Adormece meu ser,
Engrandece minha alma,
Desfaz o medo do segredo,
Inicia um leve enredo...
Silêncio, o que é amar?

Das montanhas te vejo,
Em nuvens te escuto,
Traduzo tua beleza nos mares calmos,
Na manhã do sol astuto.

E no pranto do mudo,
Que se contorce de terror,
Cai a lágrima ausente,
Um grito, por favor!

Na alvorada fria,
Que um dia entardeceu,
Desfez a  veste saliente,
Para esse homem que é teu.

Silêncio, não posso te ouvir.
Nem quero nunca mais,
Apenas segurar tuas mãos leves,
Em meio a tons breves,
Amar-te perto do cais.

Silêncio,

Você chegou.

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