No Egito, a harmonia com o natureza era a política. |
Feliz é aquele que maestria sua
vida a partir de referenciais organizados, disciplinados, isto é, dentro de uma
Ordem. Pois estão semeando valores a partir de políticas relativas, as quais se
tornam absolutas quando religadas ao maior dos Valores. E são poucos, contudo,
que o fazem e que estão diretamente ligados a Eles; e semeiam, e colhem , e
vivem da melhor maneira possível, pois acreditam em ideais maiores que nós,
seres humanos.
Em políticas relativas, as
chamadas políticas casuais, podemos transformar, elevar, dar um caminho ao que
tanto acreditamos. Talvez a palavra
política nos atrapalhe um pouco e nos faça caminhar devagar, com certo receio
de considerar nosso projeto de reeducação humana algo sério.
Não deixamos, porém, que isso no
aconteça. Mesmo porque já o temos em nossas possibilidades, em nossas veias e
mentes como um sistema interesseiro do qual saem apenas homens com sede de
poder e de organizar uma sociedade a partir de números. Assim como a própria
Democracia o é. Sem os números, ela não existe. O fator humano é o que menos
conta nesse e em outros sistemas.
Nossa sorte é que, graças a
políticas clássicas, não arcaicas (que deixam de ser o que é pelo tempo),
trazemos para o nosso âmbito familiar o que realmente vale à pena. Isso não é
depender de números, mas de uma filosofia que deu certo quando praticada num
passado do qual participamos um dia, mas não percebemos.
Quando me refiro a políticas clássicas,
falo daquelas que permearam durante séculos e que foram fontes para países que
até hoje, de algum modo, pegam a sua essência, ainda que seja em um país
democrático, e transformam pessoas em reais seres humanos, ao contrário de
outros que, desde quando somos pequenos, não deixam a máxima “país em
desenvolvimento” jamais, e nos tratam como animais.
É uma falácia. É uma mentira.
Para que um país possua uma política realmente voltada ao seu povo, é preciso
que aquela nação seja, em primeiro lugar, civilizada. E não temos, por assim
dizer, em relação aos referenciais passados, nenhuma.
Antes, havia uma religião
equilibrada, baseada em princípios sagrados, não políticos interesseiros;
tínhamos uma política, que por ser sagrada também, era ligada à religião. Prova
disso eram os deuses citados no senado romano, antes de iniciar os trabalhos.
Além, é claro, dos sacrifícios a eles.
A depender da nação, por exemplo,
a egípcia, tínhamos uma política mais sagrada ainda, pois os deuses, onde quer
que estivessem, eram vistos como forças místicas além-humano, e, jamais, eram
desrespeitados.
Atualmente, quando se entra em
senados, em tribunais, percebe-se signos religiosos, em paredes, os quais fazem parte de uma cultura que
obedece a um Deus. E mesmo assim, nessas instituições, o sagrado é esquecido,
quase desconfigurado, desobedecido, e cuja riqueza se é retirada quando o
comportamento humano se mostra ofensivo ao próprio Deus. Pois a força do
desrespeito o faz desaparecer.
Para nós, hoje, levar como
referenciais comportamentos dos grandes homens do presente é complicado, pois
estes, como próprio país, se mostra sem eixo.
E qual o nosso eixo?
Nossa vontade de ver nossos
filhos bem educados, respeitados, bem formados, políticos no melhor sentido da
palavra, com um caminho sem pedras, com um sol que o ilumine, com forças
suficientes para não sucumbir ao mundo velho, e viver em função de ideais
nobres.
O nosso eixo é esse.
E por que somos incoerentes com
nossos eixos? Porque não somos totalmente eixos, e sim reflexivos em relação a
tudo que passamos, vivemos e experimentamos. Pois sabemos que nem tudo
nesse mundo vil pode ser usufuido,
graças ao mal que um dia fora brotado e hoje enraizado como árvores imensas,
tornando-se sequoias tão altas quanto o próprio céu. É a nossa ignorância
tomando conta de nossas credibilidades – o que não podemos deixar.
Volto com mais política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário