Quando nascem com a fortaleza,
fica mais fácil enfrentar o mal. Ou o próprio homem. Sim, pois sabemos todos
que, apesar da consciência em poder se elevar aos céus, em conversar com o
divino, o faz, mas desce a montanha, cai, se machuca e não aprende com suas
feridas.
Ao distorcer seu poder de
Comunicação com os mistérios, em trazer ao profano palavras que poderiam ir ao
paraíso, o homem se transforma em uma grande faca afiada, mas cortando do lado
errado, ou melhor cortando o elemento errado.
No entanto, os fortes homens, que
se inclinam de coração às causas belas, humanas e universais, estão mais perto
das divindades, desde épocas passadas. E deles, hoje, precisamos, de modo que sejam
seres que estejam tão em evidência quanto a lua ou sol que brilham tão bem.
Precisamos destes seres celestes,
de mulheres e homens que se alimentam do Bem. Seja aquele que compõe a breve
música com suas letras simples e ritmo idem, seja aquele guerreiro que, ao ir à
guerra, respeita o próximo, respeita a guerra.
Pois a Luz do mundo está se indo,
por causa da falta desses seres maravilhosos que nos iluminaram no passado,
elevando um povo ao seu país, com liberdade, sapiência, divindade e acima de
tudo humanidade.
Não precisamos olhar para baixo,
a não ser que estejamos em um grande momento de nossas vidas, nos transformando
em seres do céu, e nessa hora pegarmos com a mão aquele que um dia faria o
mesmo por nós – nosso irmão, nosso companheiro.
Eu, hoje, por meio desses
símbolos que, traduzidos, relatam experiências, transpassam a vontade íntima,
além da sinceridade que lhes é a semântica, digo.. Busquemos o Passado. Olhemos
para ele. Esquecemos estes que se subjugam seres humanos envoltos em carapaças
de padres, pastores, bispos, dos quais palavras de amor falso, em nome de
grandes que um dia se sacrificaram e se tornaram grandes sóis de homens de bem,
e que hoje são apenas pontes para interesses rasteiros de vermes engravatados,
que usam e abusam do seus poderes de fala, de uma comunicação acima dos pobres
e humildes...!
Os reais homens de Bem, que
souberam um dia o que é o Bem, não mais existem. Estão sendo traduzidos em
livros amodernados, com inspirações ainda mais modernas com intuito de seres
vendidos àqueles que um dia nunca souberam o que era uma Tradição.
Pois eu digo o que é. Tradição é
a Alma do passado que nos pode trazer do nosso âmago, religado a Ela, o maior
dos conhecimentos sagrados, o maior tesouros. E plantada pelos mestres
iniciados – reais – e levados aos sacerdotes, idem, canalizada por povos
sagrados, Ela, por mais que tenhamos nossa frialdade, está do nosso lado, deixando
seus rastros em tudo que fazemos, porém apagados pela ignorância moderna,
científica, robótica, política, filos-modernista, dando-nos o renascimento
falso.
Entretanto, creio eu, que, depois
de tudo porque passo, passamos e vamos passar ainda, durante séculos, alimentar
um novo Renascimento não é de todo um mal. A questão é que o que nos atinge
aqui e agora nos faz um pouco tristes em relação a tudo e a todos, pois não há,
nem mesmo nas menores esferas, uma chance ao conhecimento.
Dele, poderíamos viver como no
passado, mas não há meios. Os podres de coração se revezam em Democracias, em
Tiranias e em regimes ditatoriais. Assim, assistimos a muitos se irem antes de
entender o porquê da vida, ou sem mesmo entender que há ideais pelos quais
lutar, não sistemas covardes, com o que vivo hoje.
Assistimos, do sofá, a sorrir da
desgraça alheia – seja ela qual for – do mais pobre diabo ao mais santo, sua
imbecil condição de humano sem ajuda. Tornamo-nos monstros.
A minha certeza, assim, sobrevoa
entre a credibilidade de um passado, que um dia me disse que vivemos em ciclos,
e por eles passamos hoje como o mais frio dos seres, no rodapé da Grande Roda,
mas, como toda esfera, subiremos e atingiremos o ápice da compreensão humana, e
nos tornaremos reais seres que vieram para fazer parte desse todo chamado Deus.
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