Eu Sou. Eu posso |
...Guardamos mistérios além-alma,
dos quais retiramos respostas além-céu. Vivemos sob forças naturais, divinas,
dentro das quais questionamos o porquê de nossa existência e acima de tudo
nossa persistência em viver em busca de algo maior, de uma inteligência sobre-humana,
a qual prepondera como respostas às nossas orações o que realmente somos.
É a vontade
.
Essa que nos revigora nos
incidentes particulares, aquela que nos faz clamar, intimamente, com todo nosso
coração a Deus. Uma pureza, um dom. Uma profunda realeza, fortaleza, na qual
estrelas se revelam antes do anoitecer. Um sol. Brilha intensamente em nossas
possibilidades, reluz tão forte que nos cega, ao passo nos faz ver com os olhos
internos a realidade da vida.
É nela que deitamos, acordamos e
sentimos a necessidade de ter Deus – é a fagulha de Deus – em nós, fora de nós
por meio de provas, testes simples ou complexos, nos quais nos equilibramos
como pessoa. Porém, mesmo assim, como crianças, caminhamos, a errar como
pagadores de promessas fúteis, ao santo errado; no entanto, aprendemos que a somos,
e por ela morremos.
Por quê?
Porque, assim como os cometas que
vagam em busca de mistérios a desvendar, como o próprio sol, que nunca desiste
de sua Justiça; porque há mais respostas do que meras perguntas humanas.
A vontade é a ponte e ao mesmo
tempo a espada de ouro do grande cavalheiro que vai às batalhas e vence. E
vence antes de nela entrar. O cavalheiro sabe que não pode parar, e nada pode
impedi-lo de lutar e vencer. Sabe que nenhum arranhão, corte ou doença lhe pode
fazer tombar.
Tal cavalheiro, natural do céu,
sabe que desafios virão, e provavelmente vencê-los-á. Sabe que seu corpo é só
um corpo, e que a vontade é maior que suas pernas, braços, e que nada irá
depreciá-lo, constrangê-lo, ou fazê-lo voltar a ser o iniciante de tempos
atrás; pois a vida lhe ensinou que seus sonhos são ideais a seres realizados
assim como é sonho do vaga-lume iluminar uma selva inteira.
A não ser que permita, o
cavalheiro tombará antes de entrar em sua batalha, e consequentemente a
perderá. Fora isso, continuará sua luta e a vencerá, por mais árdua que seja,
por mais sangrenta que seja, por mais amigos e parentes que perca, e ainda
assim continuará, mesmo porque as respostas às suas indagações brilham à sua
frente.
O cavalheiro somo nós.
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