Em vias e
esquinas,
Em dobras,
em luas,
Sóis, matas,
horizontes,
Perfumes,
serras,
Escuros constantes,
Cavernas errantes,
Me perco.
Em carne e
ossos,
Fossos distantes,
Ruas vazias,
Rostos sem
nome,
Teu nome.
Luz do céu
Que ilumina
Meu inferno;
Cobertas finas,
Alvas,
meninas,
Sujas,
cansadas,
Cheias de
vida,
Sem almas.
Não clamo
teu véu,
Estás comigo...
Deslizo em
tua pele;
Seu umbigo.
Cheiro teus
canais
Aromatizados,
Arados, em
cardumes,
E colho
cansado,
No verde dos
teus olhos,
Meu fruto do
mar.
E saio do
mar,
Vou ao pomar,
Embriago-me
Em relvas,
Corro
selvas,
Nas nuas
brumas,
E um rio de
pedras,
E me vou
descalço;
Me engano...
São doces
perfeitos,
Em forma de
picos.
São
montanhas...
Vou ao cume,
Ao frio
quente
Do amor
passivo,
Da loucura
sana,
Inconsciente
clara;
Caminho
devagar,
Sonho acordado,
Como soldado,
Batalho nas
terras,
Sem guerras,
Sem aliados,
Sem inimigos,
Sem ninguém,
Apenas eu e
você,
Nas ondas que
vão e
Vêm...
Um silêncio
se fez,
As ondas
cessaram.
O brio de
teu lírio,
Em minhas
crostas,
Calhadas no
rio...
Santificaram
O impuro.
Não era
sangue,
Era o suor
vermelho
Da saudade,
Ríspida de
vontade,
Sem algemas,
Sem cordas,
Sem som.
Vulcão,
Terremotos,
Tsunamis,
Alertas do
fim...
As horas se
foram,
O ar se foi.
Apocalipse,
Fim,
destruição,
Frestas imensas,
Você se vai,
E teu
sorriso fresco,
Sincero,
agudo,
Atinge a
plenitude,
Açude,
Cachoeiras,
E meu dique
se quebra,
Meu calor se
vai,
e meu
coração...
sonata que vem.
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