quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Fidelidade Sagrada - Provas e Escolhas.

“Justo é o Homem que conhece a Justiça, pois antes passou pela injustiça, e mesmo assim escolheu a Justiça”. (Platão)




Ser fiel  ás Leis da Natureza, assim como os pássaros são.




Temos que escolher, pois somos dotados de relatividades visuais, e mais, sempre haverá meios que vão nos levar a essa circunstância. Não há outro jeito. E quando falamos de fidelidade, tentamos nos sobressair, encolhendo, para os nossos princípios, que estão eternamente sendo moldado, o que é de melhor para eles.

O que é de melhor, assim como tudo que tocamos, pode ser um castelo de areia, uma brisa passageira, uma dedicação natural a um determinado projeto, enfim, nada que dure, que seja fiel ao Supremo, ao Ideal. Por isso as escolhas. Elas provêm de uma busca interna, que, mais cedo ou mais tarde, deparar-se-á com algo um tanto quanto parecido com a eternidade que buscamos. Não há fuga para isso.


Provas

Quando olhamos a borra do café, no fundo do copo, pensamos, por que sempre a deixamos ali, no fundo, de maneira quase que involuntária? E por que trocamos as coisas pequenas por outras e nunca aceitamos trocar aquelas que temos tanto amor? Por que somos tão humanos no início, e quase terminamos nossa vida como animais? Respostas há para tais questionamentos como esse. É o próprio Ideal em nosso caminho a se mostrar em pequenos mistérios, os quais podem ser aparentemente aniquilados por uma simples ciência, mas só aparentemente, pois não podem ser respondidos de pronto.

E todo questionamento, seja ele qual for, em sua semântica, vem a significar uma busca, e ela deve ser mantida. Assim como Artur, o grande rei mitológico, que um dia foi atrás do cálice sagrado e, depois de anos, descobriu que estava ao seu lado; vamos atrás do ideal, que sempre está aqui, dentro de nós, e fora de nós, por meio de rastros como numa possível borra de café que nunca se desfaz por mais loucos que somos pela bebida.


A escolha

A escolha pelo Ideal vem com a inquietação. Há aquele que se sente inquieto em relação a uma série de coisas, principalmente em relação àquilo que gosta de fazer com afinco, desde a tenra idade. Ao crescer, desenvolve e manipula tal projeto em prol da humanidade, pois sabe, nas entrelinhas, que há algo no universo que é verdadeiramente bom, em todos os sentidos, e de maneira natural, como se um Arquiteto trabalhasse para o benefício de todas as coisas que se manifestam por meio de uma grande Harmonia, em Amor, em Bondade e Verdade. E nós queremos fazer parte Dele.

Ao escolher e ser fiel a essa transcendência, percebemos o quanto necessitamos ser tais quais a ele, ao Ideal, pois a semelhança conosco não será coincidência, mesmo porque estaremos sendo fiéis a nós mesmos, no fundo da questão. Nossos sentimentos – como a borra que sempre estará no fundo do copo – de alguma forma, nos atormentarão, e nos levarão a loucura se deixarmos. O motivo nada mais é do que nossa fraqueza ante ao visível, que nos faz ver céus imaginários e infernos concretos, e mesmo assim amamos e obedecemos às regras dele.

Mas o Amor é invisível, e tentamos compreendê-lo. A Verdade, também, e somos loucos para conhecê-la; enfim, todos os valores, assim como os ventos que nos calam, são invisíveis e ao mesmo tempo necessários ao nossos corações e almas, que se revezam em entender e nos fazer praticar o que não vemos.

Por isso que, ser fiel, a priori, nos remete a ser fiel a algo ou a alguém. Mas esse algo vem a ser o nosso Segredo vivo, sagrado, como se reconhecêssemos realmente nossa finalidade nesse Uno.




A Nós.

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