segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Filtro que nos Falta.

Viver, uma arte.


Imagens e Sons irreais: só nos faltam as algemas



E caminhamos, caminhamos, e nos deparamos com imagens, sons, falas, discussões, conflitos dos quais na maioria das vezes não conseguimos nos desvencilhar. Aquele carro de som que passa em nossa rua, como se fosse torturar um grupo de pessoas, as quais vivem em paz, em suas casas, de modo voluntário. Outros com sons advindos de jovens que possuem carros equipados com tecnologias digitais – tocou, falou, respirou, e lá está a música preferida do boy. Eles só se esquecem de fazer uma pesquisa para saber quem gostaria de ouvir aquele barulho.

Não é radicalismo. Se fôssemos mais leitores, saberíamos que há sistemas nos quais o individuo respeita as pessoas, seja dentro de um carro, com som alto, ou qualquer que seja a música, sobressaindo a complacência humana; noutros, em razão da falta de leis, o individuo se revela à vontade para curtir, falar, gritar e andar como bem quiser, na hora que bem entender. É triste.

Assim, caminhamos aturdidos na maioria das vezes, na tentativa de fugir de sons e imagens impostos por uma sociedade que ama manipular o que vemos e escutamos. Como é o caso das redes de televisão, as quais, sintonizadas, horrorizam a todos com imagens bestiais, infringindo leis humanas, com pretexto de nos trazer valores mais “humanos”(!).

Não sei se, partindo de canais em busca de audiência, podemos retirar algo que possa ser completamente humano, ainda que desejem. Porque tudo não passa de jogos de imagens que nos trazem a superficialidade como se fosse algo real.  Sabemos no fundo que não passa de ideias, de truques, jogos e entretenimento.  
A questão é quando tais jogos começam a fazer parte de nossas vidas como algo necessário, e aí se confundem  com o mundo real. Por isso, devemos saber filtrar, sempre que possível, dentro que buscamos, em nome de nossos princípios, o que é bom e verdadeiro.






Um Mundo à Parte

Há, no entanto, uma sociedade, ou melhor, um mundo à parte que nos consome diariamente e quer nos ter atenção voltada ao que não interessa ao que buscamos. É evidente que vão tentar chamar a atenção, em forma de músicas estúpidas, voltadas à bestialidade humana, nas quais muitos se revelam fãs, e vão criar filmes, novelas, desenhos apelativos, com cunho sexuais, sem respeitar crianças, idosos ou muito menos os valores a que temos direito de viver.

Muito pelo contrário. Com seu poder de persuasão, criarão novos mundos, u´a nova arte, com novos quadros, e heróis com expectativas e com histórias diferentes. Todos eles voltados ao sexo, ao conflito entre familiares, ao machismo, ao feminismo, lesbianismo... etc.

É claro. Tudo isso já é uma realidade. Por isso, em nome do bom e do verdadeiro, com nossas premissas tradicionais, não podemos deixar nos levar pelas águas sujas que nos impõem em forma de imagens e sons.  Sempre que pudermos desligar, nos retirar, mudar, filtrar, não o deixemos, pois o que mais nos interessa, agora, vem de uma natureza pura, sem cascos, sem feridas, muito menos interferências de senhores dessa imensa caverna.

A felicidade não se esconde em terceiros nem  em quartos, mas na consecução de nossas buscas internas voltadas ao espírito. A felicidade é como diria um grande professor “nossa alegria possível”. Mas se pudermos alcançar um pouco além do que nos é possível, como levantar daquele sofá, daquela péssima palestra, daquele bar; sair daquele pequeno conflito, antes que se torne imenso; se pudermos assoviar uma canção de Bach, ler uma biografia de um grande mestre do passado; ir a uma exposição de quadros clássicos; ou encontrar uma emissora que tendencia a falar de arte, sem colidir com aspectos da personalidade humana... Seria maravilhoso.



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A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....