Para finalizar nossa reverberação acerca de nosso tempo, de nossas vontades políticas, e desejos de realização futura, quero falar um pouquinho sobre educação de maneira que não seja tão tradicional, mas também não tão moderna. Chegar ao meio termo (!). Apenas opinar e fazer algumas reflexões junto àqueles que compartilham comigo esse blog.
Temos muito mais fábricas de abismos do que qualquer outra. |
Sabemos que
estamos em bolas de neve consecutivas, todas elas com um pouco de tudo. Da precariedade
econômica, na qual não somente os beneficiados dos setores privados se indignam, mas principalmente
os mais pobres, que não conseguem espaço em uma sociedade que o afasta,
devagar, como quem os empurra para um abismo ao terror que se consome
fora de casa a aprisionar milhões, todos os anos.
Não é preciso salientar que estamos a falar da grande política, arma do homem atual, com vistas ao bem estar social, econômico, dos menos favorecidos. Sabemos que é uma grande ironia (não política) que se arma dos pés à cabeça, com armas de brinquedo, com voz de trovão balançando uma telha por detrás das cortinas.
E a maioria, quase cem por cento, sabe que o que reluz na verdade, no fim do túnel, não é uma luz da salvação, mas um outro trem, e que se não sairmos da frente ele nos atropela. A luz, aquela que um dia nos fez acreditar nessa primeira, ainda frágil, reluz no coração dos homens de bem, e é neles que acreditamos. Pois deles, desses grandes, podemos aprender que o passado clássico ainda não morreu e que suas chamas são mais palitos numa escuridão, são tochas que não se apagam nunca.
Legado de Roma
Não é preciso salientar que estamos a falar da grande política, arma do homem atual, com vistas ao bem estar social, econômico, dos menos favorecidos. Sabemos que é uma grande ironia (não política) que se arma dos pés à cabeça, com armas de brinquedo, com voz de trovão balançando uma telha por detrás das cortinas.
E a maioria, quase cem por cento, sabe que o que reluz na verdade, no fim do túnel, não é uma luz da salvação, mas um outro trem, e que se não sairmos da frente ele nos atropela. A luz, aquela que um dia nos fez acreditar nessa primeira, ainda frágil, reluz no coração dos homens de bem, e é neles que acreditamos. Pois deles, desses grandes, podemos aprender que o passado clássico ainda não morreu e que suas chamas são mais palitos numa escuridão, são tochas que não se apagam nunca.
Legado de Roma
Lembro-me de
um período em que a própria Roma, como um pouco mais de um milhão de
habitantes, no inicio, possuía um sistema clássico de tribunais no qual o
cidadão não precisava de advogados, se quisesse. Era a educação dos deuses. É infantil dizer isso, no
entanto, se há uma sociedade informada, que prioriza, desde a tenra idade, a
educação, como meio natural, não como obrigação ou direito social, hoje em dia
a compreendemos como ilha, ou meramente louca dentro do âmbito das nações –
Roma era realmente de outro mundo...
Não, não era.
Há países que se importam com esse modelo, com o de Roma no inicio do século.
Entre eles, Dinamarca, Holanda, entre outros, nos quais há mais parcerias do
que imposições; dizem que, na época das eleições, na Suíça, você se levanta,
vai comer um prato gostoso em um restaurante, passeia com seu filhos no parque
e... (ih, uma urna!), vota, se quiser, e continua seu dia...
Chegar a esse
ponto de responsabilidade, em certos países como o nosso, é falar de vidas em
Plutão, Saturno, ou seja, é chamar isso de utopia, mas não é. Nosso nível de
confiabilidade, em questões politicas, religiosas, sociais... a cada ano, se desestabiliza, como uma
grande torre que já nem mais torta está, e sim decaindo mesmo, quase ao chão; e
há ainda aqueles que, seguindo o trajeto da bendita com suas cabeças, juram que
ela, a torre, está ereta! Como acreditar em sistemas nos quais o que aprendemos
aqui está dando certo lá fora, e no nosso não?!
A Torre
A torre não
está ereta. Distanciamo-nos de uma realidade em palavras, principalmente a
palavra política, que, hoje em dia, por aqui, é sinônimo de falcatruas,
corrupção, obras inacabadas, governos miseráveis que se tornam ricos; é sinal
de guerras santas, de briga por petróleo, enfim, não estamos aqui com o garfo e
a faca ainda, e nem é hora do almoço, para almoçar nosso melhor prato, falar
mal dos sistemas, mas política deixou de dar sinais, morreu.
Política já
foi sinal de ajuda aos semelhantes – talvez seja essa a tônica --, e muito mais
do que pensamos. Foi, em sua essência, entender uma realidade, senti-la com
seus próprios dedos, braços, olhos, e tentar, de algum modo, passar ao seu
semelhante – não é falácia.
O motor de
cada sistema é a Educação, não a politica. Antes, o sol, depois seus raios;
antes, a chuva, depois os frutos de suas águas.
Atual
Nos moldes
atuais, pelo menos na parte ocidental do planeta, temos provas de que somente a
palavra educação se assemelha ao que ela é, o resto, pelo que nos imprime a
dizer, não tem nada a ver.
Não há meios,
na realidade, para vivê-la na sua real complacência. Hoje, ao contrário de um
passado clássico, tudo é subjetivo, ou seja, se eu acho uma coisa, tenho que
ter respeito ao que você, como sua visão, acha – nada mais cristão. Porém, em
termos de mudança em sistema (olha nós de novo!), não se pode falar em
politica, em religião, em família, em escolas, faculdades, universidades... se
a palavra educação não for seguida como nos moldes do passado; e isso não é
subjetivo!
Ela, por si
só, nos dá a impressão de que a usamos de maneira corriqueira, livre, sem empecilhos,
respeitando-a, amando-a, como um casal que se ama e que acabara de se fazer as
alianças. Não podemos fazer isso! Ela, a educação, deve ser ponto crucial no
desenvolvimento do ser humano, não como hoje o é, em escolas, à mercê de leis e
artigos que se fundamentam em arcaísmos dos quais não se pode mudar nada.
E, para dizer
que não mudam, algumas regrinhas em sala, no horário, no professor novo que
fala muito bem, no colégio que foi pintado pela turminha, são elementos que
para nós são muito importantes, contudo, para a educação, não tem coisa pior.
Se observarmos
a História, teremos mais elementos para nos basear e muito mais para lidar com
nossas precariedades idealísticas, ou seja, queremos inventar do nada na
maioria das vezes e caímos em outro abismo, onde há outros modelos que retiramos
de nossos chapéus de caipira.
Se não houver
uma pitada de tradição, do conhecimento antigo, da reverência aos grandes oradores e educadores do passado, uma ponta sequer de Platão, Sócrates, Aristóteles, no
sentido mais prático da questão – não apenas teórico – outros abismos se formarão
por si mesmos, antes de o próprio ocidental inventar mais um robô de lata para
a alegria passageira do mundo.
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