sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Manipuladores de Sonhos (final)

Que tenhamos em nossos sonhos a humanidade.



Tudo pode nos levar ao céu. Até o sonho.


Ontem eu tive um sonho e nada mais era do que uma projeção de meus pensamentos acumulados em relação ao que eu passava durante o dia, ou semana. Tinha tudo a ver com eleições. Sonhei que o candidato que vinha perdendo, desde as primeiras pesquisas, agora venceria por uma margem pequena de votos...

Enfim, foi apenas um sonho. Um sonho baseado no que eu estava passando, e com certeza não tinha muitos elementos internos para que a alma pudesse, como poderia dizer..., se encaixar. Apenas um racional meio preocupado, regado de informações acerca das eleições que nos podem ser uma das mais concorridas da história.

Mas os sonhos, como eu havia dito, podem ser elos divinos nos quais podemos dialogar com os deuses, não com os homens – coisa que fazemos todos os dias! – o que, para muitos, já é algo transcendental, mas não para mim.

Os sonhos, nos ensinaram, é uma esperança de realizações – seja no âmbito material, seja no emocional, espiritual, enfim, -- o sonho, hoje, se materializou, criou raízes como árvores, e não sai dos significados terra.

Prova disso são revelações esmiuçadas de especialistas atuais quando nos referimos ao que sonhamos.  Mas as épocas, todas elas, no revelam a importância dada ao que temos como dons, talentos, vocações, e o sonho, como sabemos, é um dom humano (não sei se se animal sonha...), do qual podemos tirar lições diárias para nossa evolução humana.

A forma como isso se dá é que é um tanto quanto metafísico. Por isso, especialistas se jogam de prédios quando se fala em simbolismos, em mitos, lendas, enfim, de raridades esquecidas pelo homem comum, mas que poderiam nos auxiliar a sermos um tanto quanto mais respeitadores de interpretações das quais, quando nos perdemos, inventamos, e falamos qualquer coisa.

Esses últimos são os chamados especialistas. Contudo, respeito há às tradições. Se não conseguem lidar com ferramentas do passado, pelo menos não as destroem. Mas a questão não seria tão simples assim, se pegássemos e colocássemos no meio de tudo isso a pessoa comum, aquele individuo que sai de casa, vai trabalhar, ganhar seu parco dinheiro, pagar suas contas no fim do mês e, no final das contas, não consegue ter sonhos, graças ao Sistema, com certeza ele diria que seu sonho era nada mais que nada menos que uma casa, um carro, ou uma vida melhor para seus filhos.

O sonho a que me refiro é o mesmo que todo homem deve ter. Sonhos de elevação, de realização interna, enfim, esse sonho está tão longe do homem comum quanto à lua da terra e muito mais.

Em primeiro lugar, hoje quando se fala em sonho, temos que falar de coisas palpáveis, realizáveis, as quais sintonizam com aquela vida pequena, que sempre tenta sair de seu caminho e pegar outro – com seu próprio carro, ou com táxi, sei lá, mas que tal desejo se torna sonho, um desejo único, de tal forma que a palavra sonho reflete o que queremos que seja realizado, aqui e agora, ao passo com muita luta e força na alma...

Enquanto não realizamos nossos desejos, a palavra sonho se desgasta e cai no devaneio de pessoas que querem o mínimo, o pequeno, o irrisório, o nada, e mesmo assim o chamam de sonho.

Manipuladores

Por trás de tudo isso, contudo, sabemos que há amos de cavernas imensas com pensamentos voltados às nossas realizações, ao que queremos, sempre preocupados em realizar, materialmente, nossas vidas, nunca espiritualmente. A depender do sistema, pode-se pensar, refletir até, mas não do modo claro, como na antiguidade acerca dos sistemas, das pessoas, e mais, de valores como Justiça, Ética, Moral, como um dia pregara Sócrates antes de Cristo.

Quero dizer que não se pode argumentar com pessoas a respeito de um valor exato, profundo, se ainda naquela república o sistema predominante é pobre, mesmo sabendo que argumentações são algo humano, amos relutam em tornar a coisa tão difícil quanto tudo que pensamos, por isso o sonho se esvai com ponte, como elo.


Não apenas o sonho, mas a reflexão em si, podemos dizer, algo natural da qual podemos retirar premissas básicas para ascender em situações simples, nos faz hoje refletir acerca de imbecilidades, como a próprio política, como a decência das religiões, ou mesmo acerca de quem as propaga. Isso, para mim, nos é inútil, mas ao mesmo tempo o inicio de um labirinto no qual, no meio dele, podemos encontrar a realidade que tanto tentam nos esconder... Nós mesmos.


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