Muitas nações tentaram, mas nenhuma conseguiu lidar com esse tema tão belamente. A Grécia não foi aquela que iniciou o processo de liberdade entre os homens, mas foi aquela que mais cultivou seu real conceito.
Até mesmo na morte, a liberdade tinha sua prática. |
Muitas histórias se contam a respeito das grandes nações e
de seus conceitos práticos sobre
liberdade, entretanto, nenhum deles chega a ser tão perfeito quanto o da Grécia
Antiga. Nela, nesse grande Navio, que muitos navegavam e aprendiam a navegar no
passado, e que, se houver algum conceito semelhante que se aproxime dele, com
certeza vem dessa grande civilização filosófica, da Grécia Antiga.
Não vou me ater aos filósofos da época (meio difícil), e
tentar aludir a informações importantes, das quais, como posso dizer, achei
muito interessante, e queria partilhar com todos. Uma questão que sempre é bom
dedilhar a respeito... A Liberdade.
Dizem que houve nações cujo sistema não era escravocrata, e
quanto a isso tudo bem, mas uma coisa é saber lidar com isso, e outra entender
e praticar a liberdade em seu âmbito. Liberdade, para inicio de conversa, não
tem nada a ver com pessoas, sejam aquelas que se sintam com vontades de voar,
sair correndo, amar a todos, enfim, são apenas sentimentos, que se revelam
presos e combinados com a ânsia de “liberdade” (não a grega), acreditam
piamente que são práticos quando realizados seus sonhos.
Podemos até dizer que tal sentimento nos livra de alguma
prisão, interna ou externa, de algum trabalho involuntário, no qual somos
maltratados, ou seja, para nós, liberdade tem tudo a ver com o que fazemos ou
com que deixamos.
A Grécia Antiga, quando se referia à liberdade, não se
expressava opinosamente, nem mesmo
literal, mas a praticava em seu âmbito cultural, o qual, como haviam adotado,
religado ao próprio universo, o que nos lembra um pouco a cultura egípcia, mas
esta, graças à misticidade restrita a
poucos, teria uma certa dificuldade e levar à maioria, por meio de Maât, a
deusa da Justiça, da Ordem, ainda que transparecesse o contrário
Mas nessa grande civilização,na Grécia, o sagrado respingava
nas artes, na política, na religiosidade, e por isso, a tendência eram aparecer
exemplos maravilhosos de esculturas, as quais se podem ver até hoje – pelo menos
o que sobrou; podemos, de acordo com nossos estudos, entender o porquê de nossa
política ser tão imperfeita ainda que a Grécia a tenha iniciado.
Não vamos comparar, mas tentar entender o que fez a politica
ser possível, mesmo com a Democracia em voga, na Grécia. E o que podemos
perceber é que a palavra liberdade esteve presente, levando respeito,
disciplina, harmonia, ordem... Em todos os sentidos, quer dizer, em sentidos
que desconhecemos, senão estaríamos tão bem quanto!
E não é o caso. Desestruturamos. Caímos. Desabamos em cima
de valores que não sabemos ao certo se são, e claudicamos em entende-los, e para
praticá-lo então... Mas a realidade é que se tentarmos buscar um pouco dessa
liberdade, entenderemos o que deu errado.
Liberti et Dio
Aos estoicos, a liberdade era Deus, ou como diria no melhor
grego, é Tudo que possui uma Organização, uma Ordem, dentro das quais
estaríamos inseridos. E quando o homem entende esse conceito, busca em suas
possibilidades, transfere ao mundo, à natureza (espelhando-se nela), temos o
milagre grego.
Não poderia ser menos quando nos colocamos à disposição
dela, dessa realidade (eterno), pois nações houve no passado que rebuscaram
ordenarem-se, organizarem-se mediante estrelas, luas, sois, geografias
espaciais, enfim, do Todo, com a finalidade de elevarem-se. E a Grécia soube
fazê-lo.
Queda
Contudo, assim como tudo que decai, se vai ao chão
metafórico, e às vezes físico, as nações se vão. Houve um grande filósofo da
época que disse “o poeta não é mais o mesmo, a música não é mais a mesma; todos
de alguma forma querem falar de si mesmos e isso está distante do que propõe
nossa liberdade”...
E com isso, corrompidos os valores reais, entre eles a
liberdade, a que tanto obedeciam os gregos, tão harmoniosamente, tão livres de
vulgaridades e impropérios, nos tornamos nações livres no pior sentido a fazer
o que queremos, baseados em premissas loucas e na maioria das vezes doentias, as
quais se refletem em sistemas, em artes, religiões, sociedades, famílias,
homens... Em tudo.
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