Chegar de chorar, Brasil! |
Em meio à pobreza, se vai o
homem, cheio de grandeza pelo que não tem. Em meio à riqueza, apodrece o outro
homem, a espera da nobreza, que acredita ter. E na guerra de conflitos de
ambos, chora a mulher com a prole no colo em busca de alimentos, remédios, e outra,
pela viagem a Paris. O que queremos, na verdade?
Justiça
Palavra capital em tempos de
pragas politicas, nas quais navegam conceitos tortuosos, infirilulados de traquejos e cores enganosas, somente com um
determinado fim: enganar. E quando se percebe que são apenas aparências, a dor,
que há muito bate em corações, em ignorâncias embutidas, por meio de educações
insipidas de temas, professores, alunos – os quais obedecem a apenas um
parâmetro... – explode em uma manifestação dolorosa, chamada de violência.
E nela, se comporta o homem
pobre, que morre nas esquinas em busca de algo que o ilumine, de outro homem,
instituição, governo, sociedade que o observem de perto, tenham humanidade e se
esqueçam de um verme capitalista que alimenta o bolso e a ganância humana desde
tempos idos; porém que apodreceu o coração do rico homem e o transformou em um
ser capital. Termo que pode ser substituído por monstro, em determinados
contextos.
Justa prática
A passeata, a manifestação, as
frases de efeito, a vontade mudar, vêm depois de muitas pisadas em almas, em
forma de preconceito, discriminação, bestialismo,
leniência, desumanidade... E quando o vulcão do desespero pelo próximo se vê ao
longe, é a natureza da dor entrando em erupção.
Nela, a covardia de militares, de
governos, em homicídios autorizados, advindos de leis próprias de países que se
julgam democráticos (embora eu não acredite nesse termo), retiram seu véu e
sorriem à procura de motivos banais para deixar, em praças publicas, o sangue
de uma ditadura escondida.
A busca da Ética
Uma palavra eleita pelos gregos
como o principio, Ethos; e moral, mores, como a prática dele. Apregoada de palavras, em constituições e códigos,
a ética, tão partidária quanto humana, reflete a maneira clássica de atingir os
corações, a alma e ao mesmo tempo o acreditar do homem. Porém, uma ética à luz de uma ditadura velada
se vê apenas em atos, nos quais Congressos e seus senadores e deputados se revelam
apenas depois de eleições. Ou seja, o embrião vingativo se forma e se
transforma.
Com forma de homem do povo, sem princípios,
sem educação, sem cultura, expõe suas ideias, e, quando não as tem,
partidariza. Facciona. E se perde. O que sobra dele? O conhecimento frágil
acerca de uma estrutura na qual muitos morrem de fome, onde muitos morrem antes
de nascer, e quando nascem, não têm futuro. Ele, por assim dizer, tem a sua,
que o alimente e o faz sobreviver acima do próximo.
Jogos Genocidas
Os jogos éticos se satisfazem. A moral, esquecida prática diárias das cartas passadas, dos anciões mortos pelos tubarões , é apenas uma palavra, nada mais. Ela, a moral, jogada às traças em pequenos códigos, serve apenas para alguns que a espreitam, pois podem ser multados no trânsito, retirados seus direitos, e ter por desaparecidos seus nomes – a única peça que possui.
A busca pela ética é natural ao
ser humano, mas não àquele que governa. Pois ela é muito forte. É bela. E chega
a ser transcendental. É rude, ao passo que a entendem. Assim é normal que a
moral seja um bando de homens que não sabem o que é ética ou moral, em atos
genocidas, próprios dos ignorantes que acreditam que a ética da bala só atinge aos
pobres.
Hoje, em passeatas que se assemelham
às do passado, com muita garra e fé, a juventude se espalha em vários pedaços, mas
se une em torno de um maior – a de transformar uma atitude em realidade. De
levar a todos, nós, nem mais nem menos, a portadores de uma arma maior que os
canhões da antiga China na Praça Vermelha, maior até que a própria Praça: a
Vontade. Esta, raigada de voluntarismo, de sonoridade, de uma violência natural
dos indignados pelo passado, vai nos deixar marcas, lembranças de que um dia
alguém se levantou da cama, indignado, e, nas ruas, se transformou em milhões de
grandes jovens.
Que transformem o mundo em um
lugar melhor para o meu filho!
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