quinta-feira, 27 de junho de 2013

Revoluções: a Brisa do Conhecer a Si Mesmo.


A História é o espelho do que somos.





Há milhares de anos, passamos pela história tentando lidar com a perfeição, ainda que muitos ditadores, tiranos, déspotas tenham realizado façanhas que nos deixaram assombrados, pelo fato de levarem consigo a frialdade nas veias, exterminando todas as possibilidades de uma sociedade melhor. A perfeição, assim, como solstício – quando o sol fica um pouco mais distante da terra – observa-nos do céu e sorri.

Contudo, na História, os ciclos históricos não escondem a beleza dos grandes homens, que se iniciaram e procuraram pelos mistérios que nos está latente, e que, com o passar dos séculos, ficou mais ainda, devido à distância que nos fez sofrer o modernismo, capitalismo – meio que responsáveis pelo sol que se foi e que nos era de direito.

Mas não vivíamos sempre de capitalismos ou qualquer ismos há séculos, e isso nos proporcionou uma razão voltada para o céu, ou seja, para o sagrado. Prova maior disso são os grandes que nasceram quase que a granel na Grécia Antiga, como Anaxágoras, Anaxímenes, Tales, Aristóteles, Sócrates, Platão, Cristo, em Jerusalém, entre outros, que, bebendo do licor da sabedoria, transformaram o mundo Ocidental. Outros, no Oriente, como Buda, Confúcio, Lao Tsé, etc, revelaram-se mais eficientes, pois, até então, percebe-se em países como no Japão uma brisa de comportamento prático ao que a tradição dos grandes deixou.

Se não fosse por essas brisas, acredito, o mundo não seria o mesmo. Seriamos cegos, tortos, sem caminhos, falhos no pensar, e não tínhamos rumos, ou mesmo a própria história não o teria, o que seria mais grave ainda. Mas o homem, por ser homem, e nele, por adormecer a divindade, sofre de um mal necessário, o de ser o que acredita ser, não o que realmente é.

E todos os filósofos por encontrarem nessa tônica a mudança para um mundo melhor, entraram em conflito algumas vezes com reis que sem julgavam a própria entidade, ou seja, o próprio Deus encarnado – o que, com certeza, é uma mania, inclusive, de alguns políticos... – mas isso, com certeza, não fez com que a busca cessasse. Ao contrário.

Depois disso, por uma grande necessidade, houve as escolas de iniciação, que preservaram o cunho simbólico de uma época na qual vários de seus integrantes, ainda que houvesse perseguições, foram obrigados a se fecharem, mas com um objetivo, preservar o sagrado dos homens profanos.

Em “O Segredo de Tutancâmon” , de Cristian Jack, por exemplo, ao falar de um Egito moderno já tomado pelo árabe e mulçumano, conta a história de um advogado famoso, que recebe a carta de um monge que, ainda que fizesse curas em nome de Jesus, tinha um porão no qual havia relíquias egípcias, guardadas a sete chaves, as quais serviam de reverência e devoção. O monge nada mais era que um sacerdote velado, iniciado nos grandes mistérios sagrados do Antigo Egito, filho dos ancestrais que um dia governaram aquele país.

Mas o passado bate à nossa porta, todos os dias, não apenas quando olhamos a Efigie, as pirâmides, ou os monumentos romanos, gregos, persas, quando vamos ao Oriente Médio, ou mesmo quando visitamos o Peru, México... Não precisamos sair de casa e perceber que tudo isso é uma forma natural e ao passo simbólica de o homem dizer que temos um legado a obedecer, e uma direção a tomar – nós mesmos.



A brisa do Conhecer a Si mesmo



As revoluções históricas, como foi dito em textos anteriores, não citam pensadores tradicionais, os quais margearam e margeiam toda uma civilização. Isso não interessa aos revolucionários, que, partidários de ideologias (não de ideais!), exterminam qualquer possibilidade de crescimento interno, seja do país ou mesmo do próprio homem...

É a vez, então, de abrir mão da grande revolução e dizer, somos ignorantes, e queremos entender o conhecer a si mesmo. Poderia, mas nunca, jamais isso será dito, mesmo porque não interessa, pela cultura que sobrevoa o homem, de abrir mão de seus valores, como se fosse da sua própria vida.

Assim, no entanto, sobrevivem algumas escolas de cunho clássico, que se subjugam melhores que as tradicionais e revelam-se buscadoras, sem sentido, de um homem melhor. Batem com o rosto na porta, caem em abismos, e sofrem com a perda de fieis... Refiro-me às Maçonarias, que, após um passado glorioso, em que se baseavam no simbolismo profundo das grandes tradições, principalmente do Egito Antigo, hoje, fazem propagandas, marketing, chamados, e são tão sutis em seus códigos quanto elefantes em direção a uma loja de amendoins...

Refiro-me também aos movimentos “Templários”, que, hoje, pela internet, ao se apropriar do saber antigo, pelo menos é o que pensam, destinam seus chamados a qualquer cavalheiro que esteja disponível ou que queira fazer parte de sua escola de homens disciplinados. Ainda, aos Teosofistas, que tiveram como mentora a nossa querida Blavatsky, se dirigem ao público fiel como se fossem reais donos da verdade... E HPB nos disse “Nada é superior a Verdade...”, imagine se ela não tivesse dito?!... Sem falar nos movimentos das igrejas atuais, o que já deu muito o que falar por aqui...


Vejo tais movimentos como espelhos de uma necessidade religiosa – no sentido de tentar lidar com o comportamento humano – em buscar, ainda que com parcas ferramentas, ou nenhuma, para dizer a verdade, com a ferramenta errada, o que o homem de hoje mais necessita, conhecer a si mesmo e ao seu universo...




Volto com mais revoluções! (Próximo texto)


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