terça-feira, 25 de junho de 2013

Revoluções: a missão do revolucionário.


"Nosso dia vai chegar/
Queremos nossas leis/
Não é pedir demais/
Quero justiça/
Quero trabalhar em paz"

Renato Russo.


Revoluções há em todas as esferas do universo, ainda que não as percebamos; das mais atômicas, às mais macrocósmicas que se podem ver. As revoluções existem como uma mera necessidade não só física, como também espiritual.

Hoje, revolução, para nós, humanos, no entanto, nada mais é que a mudança de um sistema para outro, de modo a oferecer benefícios que o primeiro não nos pôde oferecer em razão de problemas irreversíveis criados pelos mandantes, que um dia, quem vai entender, também fizeram uma revolução e tomaram o poder.

É uma cobra engolindo seu próprio rabo. Quando se percebe que se está com todo ele na boca, é a consciência. É o sistema engolindo a si mesmo; é o próprio povo sem respostas, até mesmo os próprios que vieram a governá-lo sem saída... Daí a necessidade de uma mudança completa.

Contudo, para enfrentar uma realidade pela qual se passará, a priori, pensa-se apenas em tomar um poder, criticar até um determinado tempo o anterior, resolver pendências que em outrora não resolveram, e sistematizar a coisa, ou seja, alojar as ideias em torno do que vai se fazer...

Ocorre que as ideias normalmente são as mesmas, só mudam as pessoas. Dar-se o nome do mesmo sistema, mas as pessoas, como dito, não são as mesmas...

Revolução Necessária.

Assim, não prevendo que somos humanos, e que somos passivos de sermos corrompidos e de corromper, as revoluções, como a francesa, a inglesa, entre outras,  já trazem em suas bagagens o peso de se desmantelarem-se, quebrarem-se e caírem no fosso do materialismo. Não que o materialismo seja o fim para o ser o humano... Em uma revolução, conceituar o que podemos ser já nos traz uma vantagem. E ser materialista não será o fim do humano.

Porém, entender o materialismo, trazê-lo como ponte necessária às outras revoluções é prioridade àquele que toma o poder. Pois entenderá que, antes de uma sociedade tomar seus assentos no país sujeito ao regime, fará com que o governante lidere, a principio, muito bem.

Em Fatos do Século XX, esqueci o nome do autor, fala-se da Revolução Russa, por volta de 1922, quando os Kizares foram depostos por Lênin & Cia. O autor disse “Quando os comunistas tomaram a grande praça, alocaram o povo, e o grande líder, a sorrir em meio ao tumulto, dizia ‘você, fica naquela fábrica; e você, vai para a outra. E assegurem-se delas’”.

Como se não houvesse planos, os lideres preencheram os espaços dos serviços necessários de pessoas que não tinham sequer passado uma vez pelo trabalho em que, aparentemente, viria a ser empregado ou patrão.
E assim, como Lênin e seus idealistas russos, todos os membros de partidos são levados a tomar o poder, sem ter alguma ideia que possa modificar o sistema. Nem o humano. Este, maior que o primeiro, uma necessidade natural, por que não dizer divina, aos olhos dos pensadores que, na maioria das vezes, juntamente com suas ideias, são jogados para o alto, e esquecidos.

Não sabem eles, no entanto, que tais pensadores, após a revolução, tentam trazer à tona valores a serem obedecidos, pois, já que são esquecidos com o tempo, serão lembrados, depois, em razão de uma necessidade política, social e humana, em forma de psicólogos, filósofos modernos, um pouco dos tradicionais, enfim, com a finalidade de acertar o passo com o grande objetivo que deu origem à revolução...

Tarde demais, contudo, se torna, pois, sabemos que, antes de qualquer guerra, traçam-se planos, estratégias, sejam elas humanas ou materiais com a certeza de que o inimigo será abatido; mas não se pode ter a certeza. Assim, é preciso que sejamos realmente humanos a pensar antes de jogar pessoas na incerteza.





Mais revolução daqui a pouco.



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