Que morre na
pedra aguda,
Pontiaguda,
da agulha vadia,
Na esquina
suntuosa da morte.
Sem sorte,
sem lágrima, sem dor,
Num abismo
fatal da lamúria
Que na fúria
se quebra,
Que nas
curas desvai.
Como dói.
Dói um amor
bandido sem amigo,
Secreto nas
ondas que algemam pedras,
Nas Pedras
que alimentam calma,
Em minha
pobre e mítica alma.
A dor me
clama.
Sua
ausência, forte quanto meu pranto,
Desfaz o
encanto, que há tanto,
Em meu desejo
escuro,
Tornou-se
puro com seu canto.
Desfiz a
vida em rios
E dela, o
que não tinha,
Roubei teu
amor hipócrita,
Arrombei tua
porta.
Fui ao topo
de sua torre,
Beijei-lhes
os pés,
Amei tuas
curvas,
E uivei como
crias de lobo.
Fui seu
lodo, sua lama,
Foste minha
dama,
Minha cama,
paz em guerras,
Retirou-me a
terra...
Exterminei-me
em sentidos,
Fiz de mim
um inimigo,
Sem abrigo,
sem caminho...
Pássaro sem
ninho.
Adeus.
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