Eros: deixe o verdadeiro amor triunfar! |
"Un hombre quiere ser el primer amor de su amada. Una mujer quiere que su amado sea su último amor"
Está-se chagando o Dia dos Namorados, e tudo em que pensamos
é... Sexo, presentes, sexo e presentes...! Hoje, casado, com um belo filho, não
tenho mais pensamentos conexos com os que citei, pelo menos não da maneira tão frívola
como antes, mas... Penso. Mesmo porque sou homem!
Lembro-me dos dias em que, mais jovem, minha ardência era
tanta que meu cérebro parecia-me uma panela de pressão prestes a explodir.
Graças a Deus, esse jovem, assim como outros da idade, encontrou elementos
naturais para suprir essa pressão, senão...!
Não eram diferentes os passos que dava em direção à
maturidade, mas aprendi muitas coisas com as quais, querendo ou não, tinha que
aprender. Meu aprendizado, no entanto, se reserva em trazer à tona, de algum
modo, valores, ainda que a passos lentos, tradicionais, na tentativa de
encontrar, entre a pessoa que amo e a mim, mistérios profundos, principalmente
e no tocante ao do coração, esse segundo ser que nos manobra todos os dias...
Eu, na realidade, era tímido em qualquer aspecto, e quanto
ao sexo, nem se fala. Era coisa de outro mundo. A juventude de hoje – vinte anos
depois... --, com raríssimas exceções, é mais esporádica; um ser que se joga de
uma janela metafórica e se esborracha num chão nada metafórico, simplesmente
por causa de um coletivo voltado a uma apologia nada racional.
E quando se encontra uma menina? Puxa, que coisa hein! O que
dizer, o que fazer, para que serve? É claro que é brincadeira; ao contrário do
que pensam, as meninas serão sempre complementos de uma geração que precisa de
asas para voar em par com o menino, não iscas de jovens solitários ou em grupos
em aventuras sexuais, como passatempo, em novos relacionamentos – ficar, sair,
ficar, namorar, ficar... – não, não são.
Todas elas são flores de um imenso jardim a serem apreciadas
por nós, homens, jovens, seja por meio de uma educação clássica, machista ou
bestial, não importa. Todas elas, envoltas em suas aparências, modernas ou não,
no fundo, reivindicam homens que as apreciem, respeitem e que lhes deem tanto
amor como no primeiro dia em que vieram ao mundo.
Nós, para suas infelicidades, um tanto quanto machistas, com
raras exceções, de novo, preferimos saciar nossas vontades físicas, no sentido
mais fisiológico possível, o que nos transforma, um pouco em... Cães, cavalos,
bois, leões... Enfim, em seres que buscam o que várias outras espécies também o
buscam, só que de maneira mais... Evidente que nós.
Temos, contudo, a fala, os gestos, a simpatia falsa, a
jogada de corpo, o toque. São diálogos fáticos dos quais tiramos aprendizados
apenas após o... Bebê no colo! E nem assim! E prosseguimos com a empreitada
sexual, traduzindo nossas vidas ao que chamam os mais modernos e imbecis
escritores de “amor moderno...”.
Ou seja, pouca coisa nos difere dos animais – se não fossem
os abrigos reservados às margens das estradas, facilitando-nos, ou para alguns
que se acham mais homens que outros,
não, porque sempre encontram meios para desaguar seus instintos antes do
tempo.
Assim é o jovem de hoje. Enquanto não saciar suas vontades
eloquentes, não encontram a real felicidade. E após terem a encontrado, fogem
como pássaros solitários ou em bando mesmo, como finalidades de crescerem em
outro terreno com esperanças de “pegarem” outra gaivota.
Estamos fugindo de conceitos, e o pior, de praticas dentro
das quais, um dia, nos fizeram humanos, no sentido mais belo da palavra. E
isso, no quesito em que, na maioria das vezes, fomos ingênuos, e por que não
dizer crianças; teria sido melhor assim...
Contudo, cresceu o mercenário do sexo, aquele que investe,
jogando tudo que tem, apenas em prol de si mesmo, e levando, como uma raiz do
mal, a uma sociedade, e como hoje, a uma civilização mal formada, o pior dos
valores.
Em outros ares
Digo isso porque, em outras civilizações, como se era de
explanar aqui, não havia como surtir efeito o quesito bestial do ser humano,
pois eram enraizados em ideais maiores e por que não dizer celestes em
comparação ao que temos hoje.
Sim, podemos sim. Antes, tínhamos o Minos, o deus da
fertilidade universal, na civilização berço do mundo, cujo símbolo era um falo
gigante que passeava pelo Cairo, quando se comemorava seu dia. Ao contrário de
hoje, podemos dizer que jamais se poderia qualquer falo – pequeno ou grande –
passear por qualquer sociedade, pois estaríamos presos ao inconsciente coletivo
sexual, e com certeza o desrespeito àquela entidade far-se-ia.
Uma grande teósofa de
renome chamada H.P.Blavatsky um dia disse que, hoje, podemos medir a
espiritualidade dos seres humanos quando nos referimos ao aspecto sexual. Todas
as vezes em que aparece o membro masculino, o pensamento é material, sexual, preso
a valores baixos, advindos dos piores sentimentos humanos, instintivos; como eu havia falado no texto anterior, nossa
personalidade está refletindo valores terrenos e não celestes.
Educação clássica
A juventude, sem um pensamento voltado a uma educação
clássica, sem as minucias do amor real, que traduz respeito humano,
comportamento de cavalheiro ou dama, por menor que seja, encontrará diversos
sentidos para o amor, menos o natural, real, universal, no qual ambos – homem e
mulher – são partes de um todo, pois o todo, representado no mínimo ato, une e
ninguém mais o desfaz. “O que Deus une o homem não separa” – já escutei essa
frase em algum lugar...
Baseado nessa premissa, países há no mundo, até mesmo na
própria Índia, em que casais se conhecem apenas após o casamento. De inicio, é
difícil, mas o mistério do conhecer traduz justamente o mistério do conhecer ao
outro, e por que não dizer a si mesmo? São comportamentos completamente
diferentes dos que somos obrigados a observar todos os dias em praças, em
filmes, em novelas ocidentais.
Não precisava ser assim.
Mas os preceitos vândalos dentro de uma educação de mentira
se revelam como frutos que não conseguimos colher, pois o que vemos e ouvimos
nada mais é que cenas de homens e mulheres ofuscando outra realidade, a nossa
do dia a dia. É como se eu vivesse em meio àquilo que não gosto, mas já que não
consigo controlar ou mesmo desligar, desviar, desaparecer... Então sou obrigado
a lidar e a aprender com eles...! Sem falar nas redes sociais...!
É repudiante.
Esses dias um amigo me ligou dizendo que seu filho de quatro
anos, que não dorme antes das nove da noite, começou a assistir à uma novela
global, a qual sempre apela para cenas sensuais; enfim, o menino, coitado(!),
estava com seu mini órgão futuramente reprodutor ereto...! “Mamãe, por que pipiu da duro?”, disse a
pobre criança... Enfim, quase enlouqueceram antes de mudar de canal...
Sabemos que as audiências de jornais e televisões, hoje, se
baseiam nisso: no aspecto sexual do ser humano (por enquanto!). É como se
houvesse um infiltramento em nossos
pulmões de um ar venenoso, que somos obrigados a respirar. E assim, crianças,
jovens, adultos e idosos se veem em um planeta com falta de uma grande
propaganda voltada a uma educação sexual... É a apologia ao sexo. É a
decadência.
Na realidade, o que temos de decadente nada mais é que nosso
comportamento e visão em relação ao sexo. Ele é, a depender de nós,
singularmente, maravilhoso. Contudo, o que fazemos dele é algo semelhante a um
osso de cachorro. Não precisa dizer quem é o cachorro... Não conseguimos
largar, e quando nos falta, roemos o pé, o pé do outro, e assim por diante! –
Hoje não se pratica sexo humano, e sim algo parecido com o dos animais.
O próprio sexo pode-se tornar belo à medida que o usamos
para iniciar o conhecimento daquela pessoa que realmente um dia vamos amar como
esposo ou esposa. Antes, porém, devemos conhecer profundamente nossa outra
parte. O que fazer?...
Amor Clássico.
Como disse antes, em civilizações que não faziam apologias a
valores terrenos, poder-se-ia relacionar-se da melhor maneira possível, porque
havia o sexo como complemento, não como o extravasamento de instintos.
Em tais épocas, olhava-se para cima, não para baixo.
Reverenciavam-se deuses que, em mitos, se
relacionavam com mulheres terrenas, dando inicio a uma compreensão universal ao
surgir um semideus. Assim era Zeus, o deus dos deuses, que se manifestava na
terra, elevando as mulheres a seres que resguardavam, em sim, com maior
evidência, a dualidade Matéria e Espírito.
O amor, aqui, não se banalizava, como sempre o dizem quando
falam do deus Dionizio, o deus do vinho, mas também chamado de Baco, daí a
palavra bacanagem, de tão mal
interpretado que era. Dionísio, Baco..., o mesmo deus, sintetizava o amor mistérico, em festas secretas, nas quais
romanos e gregos eram além-humanos. Hoje, filmes os mostram como percussores no
amor banalizado.
Mas isso o fazemos com uma mente já impregnada do próprio
coletivo, que vê com olhares terrenos, não celestes, o que há muito era ponte
de conhecimento humano – o relacionamento sexual.
Década reminiscente
Não muito longe agora, podemos salientar o comportamento da
década de sessenta, que, com muito orgulho, contavam senhores idosos aos netos
de hoje. E têm muito o que contar, quando o objeto de desejo era apenas a
presença da pessoa amada, e por de gestos simples como o toque nas mãos, um
olhar, um caminhar juntos, e quando se davam as mãos em praça pública... Era
melhor do que o encontro entre dois corpos.
Enfim, para alguns leitores, era a involução no
comportamento; no entanto, para outros, nos coloca no chão, ainda que sejamos
filhos daqueles que participaram desse resquício de grandeza. É uma realidade
que temos que enfrentar. Mas, assim, podemos com ela aprender.
Aprender que não adianta amar alguém e retirar dela todos os
mistérios que possam com ela perdurar. Todos os mistérios têm um lado natural,
e ao passo divino, quando olhamos para um critério sagrado – o do respeito.
Todo ele, quando ritual, seja no servir de um café na cama, no sorriso puro e
gracioso, tem um por quê.
E aqui, agora, reivindico, não apenas aos jovens, mas também
aos adultos desavisados, que passem a rever a prática sexual eventual,
instintiva, a qual só se revela na produção de enzimas, adrenalinas e outras inas, entre quatro paredes, ou para reprodução,
e que tornem-se crianças conscientes, sendo puras, fazendo com que seu par
lacrimeje de amor antes do próprio ato. E que este esteja religado aos mais
íntimos sentimentos de amor, amor real.
Enamorem-se, antes de tudo, sejam corteses nas palavras, e
principalmente em suas intenções. Não sejam filhos de uma propaganda massiva,
que diz podemos fazer tudo, de qualquer maneira, e pronto. Sejamos capazes de
mudar esse amor relativo e transformá-lo em um processo absoluto que
desencadeia outros maiores, advindos de reais sentimentos, aos quais, um dia, o
homem foi capaz de oferecer a sua outra parte.
Observe nos olhos dela e se envolva pelo sorriso puro.
Leve-a como plumas nos braços, e a deixe como uma rainha amada, levada pelo
grande rei aos seus aposentos. Não perca o coração. Não se deixe iludir pelo
racionalismo. Nada é corpo, nada é material. Tudo é um ato sagrado do qual você
e ela se lembrarão, eternamente, de tudo, ainda que distantes. Pense nos deuses
que os acompanham, na paz que deve ser cada pensamento, e se esqueça, por
momentos, dos conceitos machistas, feministas, e entenda que as razões de estar
ali foram em razão de uma série progressões em sua vida, as quais, somatizadas, te deram o benefício de
revelar um pouco do grande mistério humano-sagrado.
Feliz dia dos Namorados.
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