quinta-feira, 13 de junho de 2013

Solstício

Solstício: tão longe e tão perto.





Olho em teus olhos
E me cego sempre assim,
Pois nasces tão perto,
E ao passo, longe de mim.

As sombras de tuas nuvens me vêm,
E me deixam em cavernas ocultas,
O Encanto dos meus sonhos
Não se traduzem mais em lutas...

E sim, em te ver, receber, em te escutar.
Ver teus lábios amarelos,
Em meus braços singelos,
Em gritos infantis a me acordar.

Oh sol, Janelas para ti não há.
Assim, abro as portas de meu coração,
E Vem-me o poema fraco nos lábios,
Destoando o que seria uma canção...

Após, meus olhos se fecham,
E te vejo em minha alma,
Nas risadas de meu filho,
No sorriso de minha esposa amada.

E se distancias do céu nesse dia,
Não menos esplendoroso,
Não menos tradição.

Pois figuras desde outrora egípcia,
Tão dourada e ao longo calada,
Em teu mistério: vulcão.

Ao chegarem as estrelas,
Furto delas o brilho de teu amor,
Pois delas saem brilhos,
Assim como o da lua,
Teu encanto e pudor.

E acordo aflito e não te vejo,
Mais nuvens em teu coração,
Onde estás que não me respondes,
Grande deus, grande Amon?

Acima de meus desejos,
De meu egoísmo em si.
Perto de meu espírito lírico,
À procura de meu ser por fim.

Enfim...

Lá vêm teus raios, meu rei!
E deles vou aprender,
Transcender, e viver...
Aquilo que eu sei.









Ao Ideal. Tão perto e tão longe de todos.


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