sexta-feira, 14 de junho de 2013

Verão que se foi





Se disser que não sinto,
Meu coração, como dói,
E meu ser se corrói,
Ainda sim... Minto.

Em imagens irrefletidas,
Conduzidas a teu rosto,
Em dias de loucuras furtivas,
Em que eu tocava teu corpo...

Ah, eram tardes de verão,
E um outono sem par,
Traduzindo em harmonias,
Por um dia, sem vão.

Teu sorriso sólido sem drama,
Entardecia ao meu lado,
Eu, um ser alado,
Perdido na acácia de quem ama.

Não era um amor furtivo,
Eventual, emotivo...
Era absoluto, astuto,
Em momento ativo.

O que dizer de minhas noites sem ti?
Céu sem estrelas, vida sem ar?
Apenas um corpo jogado sem rima,
A espera do verão voltar.

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