Em meio à politica porque passamos, nossas almas se direcionam às expectativas que dos noticiários vêm. Alterações de ânimos, entusiasmos, e tudo isso longe de ser algo relacionado ao que deveras um dia, lá do alto, foi: o real ânimo, advindo da alma serena, calma, bela e limpa; o real entusiasmo, cuja palavra vem do latim, entus, a significar dentro de Deus, com Deus, sem falsas pretensões...
Mas o que temos atualmente, em razão das distorções psicológicas porque se passam; das digladiações modernas entre o "bem e o mal" -- sem mesmo saber quem é quem -- graças a opiniões que se infiltram em nossas veias impuras pelo medo, progredimos às avessas, como topeiras, avestruzes, que adoram ver o fundo da terra e não o início do céu.
Deixemos de lado nossa simpatia às causas sem causas, aos objetivos sem projetos, e atos sem ideais! façamos valer o que a vida nos rege como ser humano, o que os mestres nos indicaram como placas simbólicas em direção às nuvens... Vamos voar em paz, como pássaros em busca de água... Sem aquele ardor infiel que nos machuca a cada instante em nossas asas, quando caminhamos.
Vamos olhar mais para o céu, não somente para orar, a pedir a Deus que nos proteja, nos dê isso, aquilo, não. Respiremos fundo em nome dos mistérios que guardamos em nossa alma, como ferramentas que nos dê auxilio para encontrar o "morador do terceiro andar", o nows de que tanto falavam nas escolas de mistérios gregas, o real milagre do pensamento vazio, onde o Nada se encontra com o Tudo, e onde nos encontramos com o Bem.
Deus está aqui, ali, em nossos corações e alma, por debaixo de uma pedra, como foi dito em uma passagem bíblica; está acima e abaixo de nossos poderes como seres humanos; mas nada mais incrível que saborear um pedaço dele, em forma de energia, quando batemos no peito e clamamos seu nome em segredo... em paz completa.
Nossa alma espera subir, espera alçar voo, mas nossas pendências internas não a deixa. Como se fosse um balão a subir ao alto, ela quer ir aos céus, mas os pequenos saquinhos que tentam segurá-la -- nossas pendências, crises, desejos, paixões...-- ficamos presos à terra, ao mundo que cria meios frios e lúdicos, racionais, intelectuais, a nos dar prata e ouro, com esse fim, de não conhecermos a Deus.
E por essas e outras, que nosso entusiasmo e nossa ânima se confundem com sentimentos relativos de adolescentes que esperam presentes pós-faculdade, ou atletas que precisam ganhar o tão sonhado ouro, que ficará preso na parede pelo resto dos dias, até (você) apodrecer... Elevamo-nos!
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