domingo, 8 de abril de 2018

Equilíbrio Não Tão Distante

... Sei que tenho sido redundante em minhas colocações a respeito do comportamento nosso de cada dia em relação ao Espírito, ou como diria, na Antiguidade, ao grande Oceano Vital. Porém, nada melhor do que se expressar ou tentar se expressar com fins de nos elevar ao céu de cada um, na tentativa de encontrar ou entender o céu maior, o qual, diziam os sábios, é o fim de cada ser humano -- a querer ou não.

Por isso, os anciões falavam em cousas naturais, as quais jaziam em nossa alma feito blocos de gelo em continentes frios, nos quais em encarnações se mexiam (ou se mexem) com o calor da voz do mestre, o qual, a respeito das tradições, falava e nos dava uma calma singular, semelhante a filarmônicas mozartianas, no cume da montanha de nossos devaneios internos. É belo em todos os sentidos...

Tal beleza (de Belo) em sua máxima expressão, quando nos toca lá dentro, com poesias, músicas, mistérios, fábulas e mitos quando dotados de fidelidade ao seu ideal, essa beleza vai ao encontro do equilíbrio sereno, de ser. É uma comunhão de valores não ditos nos quais o homem -- somente ele -- tem o poder de perceber. Por que equilíbrio? porque jazem em nós outros valores que criamos, mas também os direcionamos ao alto, e às vezes nem percebemos; são formas relativas, mas também pingos dágua ante Oceano maior. 

Uma relatividade psicológica, mas ao passo brilhante, a qual pode vir de homens idealistas, como Gandhi, Luther King, entre outros, os quais, pelo tempo, se expõe em lutar e tentar colocar tais valores, ainda que relativos, na balança para contrapesar com o mal que a época mostra. Assim, em sua essência, tais homens revolucionam, ascendem comportamentos e nos fazem questionar a respeito do que precisamos como premissas básicas antes de alçar voo ao espírito: entender o porquê  e combater o racismo, as discriminações, a separatividade como um todo.

Tais homens, ainda não sábios como outros do passado, mesmo assim, fazem um trabalho natural de mestres que transformam seu tempo e se tornam referenciais a muitos que se jogam em lutas necessárias ao mundo... Se tornam fortalezas intransponíveis, montanhas vistas por muitos como nascidas depois das águas do mal. São o equilíbrio da busca por uma vida melhor em sociedades, em nosso mundo, que um dia precisou deles, assim como no passado se precisou de um Cristo ou de um Buda -- e ainda precisamos.

Precisamos compreender esse equilíbrio, mesmo porque muitos dizem que o que é defendido é uma perda de energia e por isso muitos filósofos do passado não o faziam ou mesmo tocavam no assunto: isso é uma falácia. Ambas as partes, idealistas e filósofos se coadunam em defender suas partes, como que defender faces diferentes de uma mesma moeda. Ou melhor, cada um na sua competência. 

É certo que quando nos referimos aos grandes do passado, é bom dizer, falamos de seres que estariam acima de nossas cabeças e por isso não entendíamos suas palavras, suas simbologias a face ao divino, mas não quer dizer que não precisamos de seres que caminham em direção a organização social com vistas a melhorá-la. Muito pelo contrário. Eles, a meu ver, são realistas e ao mesmo tempo grandes por fazerem um pouco melhor o mundo, como que buscadores naturais do equilíbrio distante.

Hoje, mais do que nunca, precisamos ser idealistas, com base nesse homens, que um dia se lançaram ao mundo com vistas a melhorar a vida de muitos seja materialmente, seja psicologicamente. 



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