sexta-feira, 28 de junho de 2013

Revoluções: À Sombra dos Grandes Homens

Platão aponta para o céu, Aristóteles para a terra. Escolha o caminho.




Na tradição, encontro eu mesmo, revestido de homens que vivenciaram a letargia de sistemas, e sentiram na pele a necessidade de engrandecer, elevar a patamares morais, o próprio homem, que, mesmo cego ante os desastres que criou, pedia aos deuses que lhe dessem a primazia da proteção – uma hipocrisia, que fora retratada muito tempo depois em nosso tempo.

Assim, os tempos se passaram, a estrutura física, moral, ética do homem virou relatividades – conversa de barzinho – das quais nasceram frivolidades em forma de leis. E homens a obedecê-las. Era a desconexão com o passado, com o sagrado, com Deus, e, por consequência, consigo mesmo. Ficando para novos ciclos a tomada de atitudes em relação ao que é realmente valoroso...


Do que falo? – revolução.


Um dia, em uma palestra, de um filósofo chileno de nome Jorge A. Livrarga, em vídeo, fiquei estático com uma realidade simples a que estávamos passando. Ele falava de coisas simples, objetivando o profundo do ser humano, como o papel da mesa, da cadeira; falava da harmonia e beleza entre coisas diferentes. Falava do universo a que estamos tão acostumados a viver, mas não presenciar.

Enfim, ainda que não fosse possível entender todo seu sotaque rápido-latino, percebi que havia entendido o bastante. O resto não importava. Mesmo assim, vibrava quando podia! Era a informação adentrando em meu cérebro, tomando conta de meu racional, adentrando em meus sentidos, e sutilmente tocando a crista de minha alma. Era música para ela.

“Precisamos , disse ele, de voltar às nossas origens! De entender o papel humano, aqui e agora, senão a decadência nos banirá. Precisamos entender nosso papel, assim como uma mesa que serve para colocar coisas, assim como uma cadeira para se sentar” completou. “entender que a beleza não está longe de nós, pois é em elementos diferentes que a encontramos; em elementos simples, como esse forro – tocando no pano da mesa – e unido a essa jarra, a esses copos, podemos dizer que mesa, cadeira, copo e jarra fazem uma harmonia, por isso temos a beleza”, sublinhou. falou um pouco sobre Justiça. Se todos os objetos, naquela mesa, estivessem fazendo o seu papel de acordo com sua natureza, estariam sendo justos em relação ao que são. Isso me tocou, pois me perguntei se eu estaria de acordo com minha natureza...

...Olhei para mim, e pude ver um pouco dessa grandeza. Mas percebi que o simples não é tão fácil de ser percebido, pois somos passivos de sermos complexos, imediatistas, racionalistas, no sentido mais baixo possível, mas nunca simplistas, de modo a perceber que mesa, cadeira e copos formam elementos naturais de harmonia e beleza – claro, tudo isso como metáforas – e ainda, tinha que refletir mais, não só sobre mim e a meus atos, mas também sobre o próprio homem moderno, que, como foi dito, está se distanciando de suas origens.

Depois de muito tempo mesmo, percebi que o grande filósofo tinha bebido na água dos grandes mestres da humanidade – Platão, Sócrates, Pitágoras, Cristo, Zoroastro, Pré-socráticos, etc – e trazido a fumaça do conhecimento aos parcos seres que ali se sentiam mais parcos ainda, pois, tenho a certeza, foi um baque para todos...

Ele, um mestre, que já tinha milhares de discípulos, estava ali graças a sua praticidade naquilo que expunha a todos. Ou seja, não era mais um falacioso ser que lera duzentos e um livros e dizia-se (se é que disse alguma vez...) filósofo. Não, não era. Sua honradez, elucidada em suas palavras, deixava claro que não tínhamos um crente, católico, frei, monge, mas um homem especial, dizendo que não havia mais tempo a perder, e, mais do que nunca, partir para a humanização do homem. Já!

E dentro desse critério, desse referencial, digo mais uma vez, temos que nos pautar. Seja onde estivermos -, em casa, no trabalho, no amor, nas escolhas, no buscar material ou não. Enfim, dar um basta sem dar um basta radical, sem ser xiita, desumano, senão estaremos fazendo parte do mesmo mundo, tentando não ser dele.






Volto com mais revoluções.

Revoluções: Referenciais, Arcaísmo e Tradição.




Partir de referenciais fortes, sempre.





Partindo do principio que precisamos, urgentemente, de referenciais em tudo que tocamos, opinamos, escolhemos, participamos, escutamos... Nada melhor do que encontrar um referencial natural ao que queremos expor. Acerca das revoluções, principalmente. E tenho a certeza de que todos, sem exceção, buscam e se revelam um pouco buscadores de suas verdades no que fazem...

Como disse anteriormente, os movimentos – maçônico, teosófico, escola de “templários”, de filosofia, entre outros...  Ao contrário dos movimentos reais, ou Escolas Iniciáticas, nas quais o simbolismo sagrado era pregado a sete chaves, ou seja, sem intervenções de terceiros ou quartos, hoje, funcionam mais como uma tentativa heroica de reaver nossos valores os quais, há muito, se foram e se desvirtuam com a força da modernidade estanque.

Tais movimentos, ainda que heroicos, possuem referenciais arcaicos, não tradicionais. E usando a beleza dos clássicos, tentam trazer à tona, com seus olhares e consciência, o que não conseguem: a verdade que se esconde. E se se esconde, nunca vão encontra-la, mesmo que tenham a melhor das intenções. “Nada está acima da Verdade”, como nos disse HPB.

Como eu disse, precisamos de referenciais, e eu parto da Tradição, não do arcaísmo. Aqui, antes de partimos para a essência de nossa defesa em prol de uma revolução interna, cabe uma pequena explicação, dessas breves apenas pelo direito de entender como ainda não entendemos nada!..
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Arcaísmo

... É tudo que vive no passado, não no presente, e muito menos no futuro. Para os grandes jovens de hoje que se manifestam em prol de um país melhor, a partir de um governo leniente e burocrático, é fácil entender o que significa arcaísmo. Quando se olha para uma escola abandonada, apenas à mercê de pais, alunos e “amigos” da escola com objetivos de mudar seu mundo, não de um governo que teria, por assim dizer, a obrigação, como em todo país civilizado, pelo contrário, deixa-se a ideia arcaica de que somos responsáveis pelo bem estar de uma educação decadente, menos ele. Estou me referindo apenas a uma fagulha do quesito politica, do qual ainda somos passivos de aceitação desde eras remotas, arcaicas.

Na própria religião, que se adequa e se iguala à Idade Média, podemos dizer que o arcaísmo é o se calar diante de questões relevantes que a própria Igreja, com certeza, nos deixa abismados, e que, após maduros, aceitamos e ficamos passivos ao que ela nos apronta. Isso não apenas na Católica, que se esvai com padres pedófilos, papas cumplices, etc, mas principalmente na Evangélica, que se aproxima mais das pessoas tentando revelar mistérios da alma sem saber o que significa; do arcaísmo, ainda penso nos pastores que erguem, desde tempos idos, templos em nome de seu Deus, o qual o abençoa por ter uma megamansão, alimentada pelos dízimos dos fiéis.

Do arcaísmo da família, que acredita, piamente, que existe apenas um salvador (de que?), e que este é o detentor de almas que não se queimarão nos infernos, do lúcifer, que caiu do céu, expulso do paraíso pelo Deus, que reina no céu, e que se esqueceu de um mundo que ele mesmo criou.

Poderia passar o dia todo falando de arcaísmos em que acreditamos, levamos para o túmulo e que gerações que nos sucederam estarão no mesmo navio, sem capitão.

Tradição

O arcaísmo, embora não tenha passado nem futuro, e, apesar de tudo, vira quase uma norma em nosso tempo, ainda sim, é arcaísmo, pois se baseia em distorções que um dia não eram distorções, e sim uma lei, uma reta conveniente, que seguíamos, mas que, graças àqueles homens que se dedicam ao mal, virou uma verdade advinda de várias mentiras.

A tradição, pelo contrário, é a verdade. Nela, como nos braços de uma mãe, o homem vivia. Na tradição, como uma brisa doce na manhã de domingo, ou como uma rajada de glória no coração humano, vivíamos. Nela, a Verdade, o Amor, a Beleza, como capitães de um grande navio traçam caminhos rumo a céu conhecido apenas pelos grandes sábios, que um dia entre nós viviam.

Falo da real humanidade. Falo do homem. Falo de todos os seres que se inclinam a fazer atos voluntários em nome da Paz, e que vivem em nome do sagrado e que o profano nada mais é que uma necessidade humana de crescimento interno. Não falo de modas, nem mesmo de rituais, mas de um sentimento nosso, que beira à divindade.

E o sábio, antes de ser sábio, já era um sábio, pois buscara a tradição na ponta do pensamento, o qual racionaliza em função da humanidade, e que, com os ciclos, encarnou no corpo humano com ideais (não objetivos!) de elevação da alma, de espírito.


A tradição é o nosso tesouro esquecido, e para que possamos falar em revolução devemos encará-la, de modo a ficar face a face conosco mesmos.






Tem mais revolução daqui a pouco.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vândalo de Mim

Sou vândalo de mim, de seu corpo,
Que morre na pedra aguda,
Pontiaguda, da agulha vadia,
Na esquina suntuosa da morte.

Sem sorte, sem lágrima, sem dor,
Num abismo fatal da lamúria
Que na fúria se quebra,
Que nas curas desvai.

Como dói.
Dói um amor bandido sem amigo,
Secreto nas ondas que algemam pedras,
Nas Pedras que alimentam calma,
Em minha pobre e mítica alma.

A dor me clama.
Sua ausência, forte quanto meu pranto,
Desfaz o encanto, que há tanto,
Em meu desejo escuro,
Tornou-se puro com seu canto.

Desfiz a vida em rios
E dela, o que não tinha,
Roubei teu amor hipócrita,
Arrombei tua porta.

Fui ao topo de sua torre,
Beijei-lhes os pés,
Amei tuas curvas,
E uivei como crias de lobo.

Fui seu lodo, sua lama,
Foste minha dama,
Minha cama, paz em guerras,
Retirou-me a terra...

Exterminei-me em sentidos,
Fiz de mim um inimigo,
Sem abrigo, sem caminho...
Pássaro sem ninho.



Adeus.

Revoluções: a Brisa do Conhecer a Si Mesmo.


A História é o espelho do que somos.





Há milhares de anos, passamos pela história tentando lidar com a perfeição, ainda que muitos ditadores, tiranos, déspotas tenham realizado façanhas que nos deixaram assombrados, pelo fato de levarem consigo a frialdade nas veias, exterminando todas as possibilidades de uma sociedade melhor. A perfeição, assim, como solstício – quando o sol fica um pouco mais distante da terra – observa-nos do céu e sorri.

Contudo, na História, os ciclos históricos não escondem a beleza dos grandes homens, que se iniciaram e procuraram pelos mistérios que nos está latente, e que, com o passar dos séculos, ficou mais ainda, devido à distância que nos fez sofrer o modernismo, capitalismo – meio que responsáveis pelo sol que se foi e que nos era de direito.

Mas não vivíamos sempre de capitalismos ou qualquer ismos há séculos, e isso nos proporcionou uma razão voltada para o céu, ou seja, para o sagrado. Prova maior disso são os grandes que nasceram quase que a granel na Grécia Antiga, como Anaxágoras, Anaxímenes, Tales, Aristóteles, Sócrates, Platão, Cristo, em Jerusalém, entre outros, que, bebendo do licor da sabedoria, transformaram o mundo Ocidental. Outros, no Oriente, como Buda, Confúcio, Lao Tsé, etc, revelaram-se mais eficientes, pois, até então, percebe-se em países como no Japão uma brisa de comportamento prático ao que a tradição dos grandes deixou.

Se não fosse por essas brisas, acredito, o mundo não seria o mesmo. Seriamos cegos, tortos, sem caminhos, falhos no pensar, e não tínhamos rumos, ou mesmo a própria história não o teria, o que seria mais grave ainda. Mas o homem, por ser homem, e nele, por adormecer a divindade, sofre de um mal necessário, o de ser o que acredita ser, não o que realmente é.

E todos os filósofos por encontrarem nessa tônica a mudança para um mundo melhor, entraram em conflito algumas vezes com reis que sem julgavam a própria entidade, ou seja, o próprio Deus encarnado – o que, com certeza, é uma mania, inclusive, de alguns políticos... – mas isso, com certeza, não fez com que a busca cessasse. Ao contrário.

Depois disso, por uma grande necessidade, houve as escolas de iniciação, que preservaram o cunho simbólico de uma época na qual vários de seus integrantes, ainda que houvesse perseguições, foram obrigados a se fecharem, mas com um objetivo, preservar o sagrado dos homens profanos.

Em “O Segredo de Tutancâmon” , de Cristian Jack, por exemplo, ao falar de um Egito moderno já tomado pelo árabe e mulçumano, conta a história de um advogado famoso, que recebe a carta de um monge que, ainda que fizesse curas em nome de Jesus, tinha um porão no qual havia relíquias egípcias, guardadas a sete chaves, as quais serviam de reverência e devoção. O monge nada mais era que um sacerdote velado, iniciado nos grandes mistérios sagrados do Antigo Egito, filho dos ancestrais que um dia governaram aquele país.

Mas o passado bate à nossa porta, todos os dias, não apenas quando olhamos a Efigie, as pirâmides, ou os monumentos romanos, gregos, persas, quando vamos ao Oriente Médio, ou mesmo quando visitamos o Peru, México... Não precisamos sair de casa e perceber que tudo isso é uma forma natural e ao passo simbólica de o homem dizer que temos um legado a obedecer, e uma direção a tomar – nós mesmos.



A brisa do Conhecer a Si mesmo



As revoluções históricas, como foi dito em textos anteriores, não citam pensadores tradicionais, os quais margearam e margeiam toda uma civilização. Isso não interessa aos revolucionários, que, partidários de ideologias (não de ideais!), exterminam qualquer possibilidade de crescimento interno, seja do país ou mesmo do próprio homem...

É a vez, então, de abrir mão da grande revolução e dizer, somos ignorantes, e queremos entender o conhecer a si mesmo. Poderia, mas nunca, jamais isso será dito, mesmo porque não interessa, pela cultura que sobrevoa o homem, de abrir mão de seus valores, como se fosse da sua própria vida.

Assim, no entanto, sobrevivem algumas escolas de cunho clássico, que se subjugam melhores que as tradicionais e revelam-se buscadoras, sem sentido, de um homem melhor. Batem com o rosto na porta, caem em abismos, e sofrem com a perda de fieis... Refiro-me às Maçonarias, que, após um passado glorioso, em que se baseavam no simbolismo profundo das grandes tradições, principalmente do Egito Antigo, hoje, fazem propagandas, marketing, chamados, e são tão sutis em seus códigos quanto elefantes em direção a uma loja de amendoins...

Refiro-me também aos movimentos “Templários”, que, hoje, pela internet, ao se apropriar do saber antigo, pelo menos é o que pensam, destinam seus chamados a qualquer cavalheiro que esteja disponível ou que queira fazer parte de sua escola de homens disciplinados. Ainda, aos Teosofistas, que tiveram como mentora a nossa querida Blavatsky, se dirigem ao público fiel como se fossem reais donos da verdade... E HPB nos disse “Nada é superior a Verdade...”, imagine se ela não tivesse dito?!... Sem falar nos movimentos das igrejas atuais, o que já deu muito o que falar por aqui...


Vejo tais movimentos como espelhos de uma necessidade religiosa – no sentido de tentar lidar com o comportamento humano – em buscar, ainda que com parcas ferramentas, ou nenhuma, para dizer a verdade, com a ferramenta errada, o que o homem de hoje mais necessita, conhecer a si mesmo e ao seu universo...




Volto com mais revoluções! (Próximo texto)


terça-feira, 25 de junho de 2013

Revoluções: a missão do revolucionário.


"Nosso dia vai chegar/
Queremos nossas leis/
Não é pedir demais/
Quero justiça/
Quero trabalhar em paz"

Renato Russo.


Revoluções há em todas as esferas do universo, ainda que não as percebamos; das mais atômicas, às mais macrocósmicas que se podem ver. As revoluções existem como uma mera necessidade não só física, como também espiritual.

Hoje, revolução, para nós, humanos, no entanto, nada mais é que a mudança de um sistema para outro, de modo a oferecer benefícios que o primeiro não nos pôde oferecer em razão de problemas irreversíveis criados pelos mandantes, que um dia, quem vai entender, também fizeram uma revolução e tomaram o poder.

É uma cobra engolindo seu próprio rabo. Quando se percebe que se está com todo ele na boca, é a consciência. É o sistema engolindo a si mesmo; é o próprio povo sem respostas, até mesmo os próprios que vieram a governá-lo sem saída... Daí a necessidade de uma mudança completa.

Contudo, para enfrentar uma realidade pela qual se passará, a priori, pensa-se apenas em tomar um poder, criticar até um determinado tempo o anterior, resolver pendências que em outrora não resolveram, e sistematizar a coisa, ou seja, alojar as ideias em torno do que vai se fazer...

Ocorre que as ideias normalmente são as mesmas, só mudam as pessoas. Dar-se o nome do mesmo sistema, mas as pessoas, como dito, não são as mesmas...

Revolução Necessária.

Assim, não prevendo que somos humanos, e que somos passivos de sermos corrompidos e de corromper, as revoluções, como a francesa, a inglesa, entre outras,  já trazem em suas bagagens o peso de se desmantelarem-se, quebrarem-se e caírem no fosso do materialismo. Não que o materialismo seja o fim para o ser o humano... Em uma revolução, conceituar o que podemos ser já nos traz uma vantagem. E ser materialista não será o fim do humano.

Porém, entender o materialismo, trazê-lo como ponte necessária às outras revoluções é prioridade àquele que toma o poder. Pois entenderá que, antes de uma sociedade tomar seus assentos no país sujeito ao regime, fará com que o governante lidere, a principio, muito bem.

Em Fatos do Século XX, esqueci o nome do autor, fala-se da Revolução Russa, por volta de 1922, quando os Kizares foram depostos por Lênin & Cia. O autor disse “Quando os comunistas tomaram a grande praça, alocaram o povo, e o grande líder, a sorrir em meio ao tumulto, dizia ‘você, fica naquela fábrica; e você, vai para a outra. E assegurem-se delas’”.

Como se não houvesse planos, os lideres preencheram os espaços dos serviços necessários de pessoas que não tinham sequer passado uma vez pelo trabalho em que, aparentemente, viria a ser empregado ou patrão.
E assim, como Lênin e seus idealistas russos, todos os membros de partidos são levados a tomar o poder, sem ter alguma ideia que possa modificar o sistema. Nem o humano. Este, maior que o primeiro, uma necessidade natural, por que não dizer divina, aos olhos dos pensadores que, na maioria das vezes, juntamente com suas ideias, são jogados para o alto, e esquecidos.

Não sabem eles, no entanto, que tais pensadores, após a revolução, tentam trazer à tona valores a serem obedecidos, pois, já que são esquecidos com o tempo, serão lembrados, depois, em razão de uma necessidade política, social e humana, em forma de psicólogos, filósofos modernos, um pouco dos tradicionais, enfim, com a finalidade de acertar o passo com o grande objetivo que deu origem à revolução...

Tarde demais, contudo, se torna, pois, sabemos que, antes de qualquer guerra, traçam-se planos, estratégias, sejam elas humanas ou materiais com a certeza de que o inimigo será abatido; mas não se pode ter a certeza. Assim, é preciso que sejamos realmente humanos a pensar antes de jogar pessoas na incerteza.





Mais revolução daqui a pouco.



sexta-feira, 21 de junho de 2013

Revoluções

O que podemos ser?



Há muito fazemos revoluções, e delas retiramos o sumo para mudar todo um processo que nos indigna. Dar-se em família, em sociedade, em um país, de modo a perscrutar chances de um mundo melhor.  E tudo isso com pessoas capazes, ou não, manipuladas ou não, mas sempre com um teor positivo – ou melhor, com uma esperança no bolso e outra na alma.

Tudo isso se faz a partir do momento em que a base dos princípios – seja em nós, ou mesmo em algum grupo  -- esteja sendo violada. Mas o pontapé, o início dela – da revolução – é, a depender do povo ou mesmo do homem, vagarosa, lenta, ao ponto de acreditar que ainda não se faz uma re-volução.

Por ser arrastada, ou pelo menos suas consequências, às vezes, não acreditamos nela – ou seja, que os pontos pelos quais se luta não serão atingidos, no bom sentido da palavra. Acreditar, assim como grande homens acreditaram em modificações estruturais a longo prazo, não passa pela cabeça dos revolucionários. Pois, se sou subjugado injustamente durante anos, se meu país é um exemplo nato de desordem e caos; se problemas básicos são vistos como montanhas e que ninguém tem coragem de subir, fincar bandeira e resolvê-lo, então, quando se vai às ruas, a natureza do pedido é simples: quero dar um basta.

Mas revolução é mudar completamente – da água para o vinho – ou seja, do pior para o melhor...  Por falar nisso, até um bom tempo atrás, alguns franceses quando perguntados acerca da Grande Revolução Francesa, diziam que “não fora grande coisa”... Estranho não?? – pois, quem leu, se informou, entendeu, filosofou sobre o que ocorrera em tempo idos, quando da Queda da Bastilha, sabe que a necessidade dos burgos de terem tomado o papel da elite francesa à época foi clara. Por isso, se organizaram. Criaram vários lideres, depuseram a rainha, e tomaram o poder.

Quer dizer, se pretendemos ser revolucionários, há de convir que é preciso, a priori, uma organização, uma militância – assim como em várias outras revoluções. Como na Americana, em cima os ingleses, não como algumas que se dizem “revolução”, como o processo ditatorial no Brasil, há mais de vinte anos. Aqui não houve revolução.

E sim, uma marcha ré dos princípios básicos aos quais foram referenciados em interesses frios e covardes, tendo como papel de parede a economia do país, que se engrandeceu. Muitos, no entanto, simpatizantes do sistema, até hoje, reivindicam esse retrocesso como forma de comandar (de governo), novamente, o Brasil, simplesmente porque não estiveram na pele ou não tiveram parentes, amigos, enfim, suplicando o que ele e seus filhos têm hoje: liberdade de expressão, e de ir e vir – princípios também básicos de um país livre e democrático.

No entanto, a Democracia, como sistema de governo, em alguns países, tem servido apenas como desculpa para resolução de alguns problemas os quais não se consegue dar o nome. Quero dizer que, hoje, quando se pega um deputado ou senador, até mesmo um presidente com desrespeito ao cidadão, o prende, o leva a responder processos, e o livra da tormenta do cárcere – sinônimo prisão para pobre --, a resposta é a Democracia.

Hoje, quando se têm problemas graves de desvios de recursos, e que intuitivamente sabemos para onde vão; quando obras imensas ficam paradas, ao léu, durante séculos em um país... Quando partidos, ainda que com sinônimos de farsa, quadrilha, ladrões, fazem a história e a cultura... Quando se colocam representantes de um povo sem que estes tenham pelo menos o primário... Quando olhamos para a TV e uma das maiores emissoras do mundo é falha em relatar a realidade, pois para ela seria doloroso... Quando todos os desrespeitos nos batem a porta... Quando somos governados pelos piores... Até quando isso será uma Democracia? – um grande escritor-filósofo chamaria isso de Tirania.

Mas a revolução, como dito, não se faz assim, como se fosse um assalto em um banco vinte quatro horas, em uma manifestação. Precisa-se de organização. Precisa-se de um líder sensato, que leve a sério os planos de mudança, e que tenha principalmente em sua vida experiências natas de governo. Até mesmo nas pequenas revoluções, que, quando se tem a intenção de mudar o comportamento de um vereador, governador, presidente em relação ao que faz com seu estado, país... Necessita-se de um planejamento.

Não se pode, ainda que se pareça sensato, ir às ruas, agrupar-se, andar, e com palavras de ordem mudar um sistema. Sem planejamento, organização, líder, partidário ou não, pode vir a cair no esquecimento. É a pequena grande revolução, sem pernas e braços, pois não sabe para onde ir e como ir, e, principalmente, definir seus parâmetros de exigências.

A violência.

Quando se vê a violência a tomar contar dos maiores movimentos, é tão natural quando colocar uma criança ao lado de uma bandeja copos de vidro. Todos se quebrarão. Não há – é o que quero dizer – manifestações sem a mínima vontade de externar o que se sente pelos governantes, ao se deparar com injustiças claras, quando se pega um ônibus, quando se vai a um hospital público – e privado --; quando se é assaltado, quando se cresce a desordem política, unida a religiosa, cheia de opiniões fétidas, em relação à educação.

Há de preparar para o pior.

Revolução Ideal

Mas a maior das revoluções, a interna, aquela pela qual passamos todos os dias, nos remete somente a nos depararmos conosco mesmos, e a nossas vaidades, egoísmos, desejos de ter, ser, ao ponto de nos debatermos com várias outras, nas quais caímos e levantamos, em nome de uma modificação não clara, mas que nos permite ser responsáveis pelos nossos atos.

É a revolução humana. A de nos elevarmos nas horas mais insensatas, mais cruéis,  e permanecermos fortes, e ao passo ético.


E disso falaremos depois...

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Complexos caminhos para um mundo melhor

Chegar de chorar, Brasil!


Em meio à pobreza, se vai o homem, cheio de grandeza pelo que não tem. Em meio à riqueza, apodrece o outro homem, a espera da nobreza, que acredita ter. E na guerra de conflitos de ambos, chora a mulher com a prole no colo em busca de alimentos, remédios, e outra, pela viagem a Paris. O que queremos, na verdade?

Justiça

Palavra capital em tempos de pragas politicas, nas quais navegam conceitos tortuosos, infirilulados de traquejos e cores enganosas, somente com um determinado fim: enganar. E quando se percebe que são apenas aparências, a dor, que há muito bate em corações, em ignorâncias embutidas, por meio de educações insipidas de temas, professores, alunos – os quais obedecem a apenas um parâmetro... – explode em uma manifestação dolorosa, chamada de violência.

E nela, se comporta o homem pobre, que morre nas esquinas em busca de algo que o ilumine, de outro homem, instituição, governo, sociedade que o observem de perto, tenham humanidade e se esqueçam de um verme capitalista que alimenta o bolso e a ganância humana desde tempos idos; porém que apodreceu o coração do rico homem e o transformou em um ser capital. Termo que pode ser substituído por monstro, em determinados contextos.

Justa prática

A passeata, a manifestação, as frases de efeito, a vontade mudar, vêm depois de muitas pisadas em almas, em forma de preconceito, discriminação, bestialismo, leniência, desumanidade... E quando o vulcão do desespero pelo próximo se vê ao longe, é a natureza da dor entrando em erupção.

Nela, a covardia de militares, de governos, em homicídios autorizados, advindos de leis próprias de países que se julgam democráticos (embora eu não acredite nesse termo), retiram seu véu e sorriem à procura de motivos banais para deixar, em praças publicas, o sangue de uma ditadura escondida.

A busca da Ética

Uma palavra eleita pelos gregos como o principio, Ethos; e moral, mores, como a prática dele.  Apregoada de palavras, em constituições e códigos, a ética, tão partidária quanto humana, reflete a maneira clássica de atingir os corações, a alma e ao mesmo tempo o acreditar do homem.  Porém, uma ética à luz de uma ditadura velada se vê apenas em atos, nos quais Congressos e seus senadores e deputados se revelam apenas depois de eleições. Ou seja, o embrião vingativo se forma e se transforma.

Com forma de homem do povo, sem princípios, sem educação, sem cultura, expõe suas ideias, e, quando não as tem, partidariza. Facciona. E se perde. O que sobra dele? O conhecimento frágil acerca de uma estrutura na qual muitos morrem de fome, onde muitos morrem antes de nascer, e quando nascem, não têm futuro. Ele, por assim dizer, tem a sua, que o alimente e o faz sobreviver acima do próximo.

Jogos Genocidas

Os jogos éticos se satisfazem. A moral, esquecida prática diárias das cartas passadas, dos anciões mortos pelos tubarões , é apenas uma palavra, nada mais. Ela, a moral, jogada às traças em pequenos códigos, serve apenas para alguns que a espreitam, pois podem ser multados no trânsito, retirados seus direitos, e ter por desaparecidos  seus nomes – a única peça que possui.

A busca pela ética é natural ao ser humano, mas não àquele que governa. Pois ela é muito forte. É bela. E chega a ser transcendental. É rude, ao passo que a entendem. Assim é normal que a moral seja um bando de homens que não sabem o que é ética ou moral, em atos genocidas, próprios dos ignorantes que acreditam que a ética da bala só atinge aos pobres.

Hoje, em passeatas que se assemelham às do passado, com muita garra e fé, a juventude  se espalha em vários pedaços, mas se une em torno de um maior – a de transformar uma atitude em realidade. De levar a todos, nós, nem mais nem menos, a portadores de uma arma maior que os canhões da antiga China na Praça Vermelha, maior até que a própria Praça: a Vontade. Esta, raigada de voluntarismo, de sonoridade, de uma violência natural dos indignados pelo passado, vai nos deixar marcas, lembranças de que um dia alguém se levantou da cama, indignado, e, nas ruas, se transformou em milhões de grandes jovens.



Que transformem o mundo em um lugar melhor para o meu filho!

Manifestação de um Fogo

O fogo da juventude devasta a hipocrisia


Eu vi a esperança gritar,
Em meio à juventude,
Vi o transito parar,
Com reais atitudes.


Vi homens de bem
Violar segredos com decência,
Vi seus olhos se erguerem
Em nome da prudência...


Ah, se vi!


Vi gladiadores reais
Como em um belo passado,
Subir em palcos desfeitos,
Por inimigos armados.


Era a cor da esperança
Se erguendo em um belo país,
Com bárbaros atrozes,
Por outros mais nobres,

Sem ator ou atriz.


Eram frágeis e fortes,
Tão belos sem arreios,
Retirando algemas ao norte,
Quebrando barreiras ao meio...


Era a multidão de caráter se formando,
Ao nascer de uma noite por marfins,
A distribuir medos e ao passo coragem,
Em berros sem fim.


Queria ser jovem, não para sofrer,
Jovem para desvendar sistemas,
E por ele morrer.


Jovem na pele e com ossos de aço,
Correndo de mentiras e crueldade,
E em meu contrapasso,
Descobrir em meio à sujeira a verdade.


Não levantem bandeiras, irmãos!
É um vicio da praga politica.
Não quebrem lembranças, em vão,
Não tarda a consciência fazer pericia...


Levantem  vozes ainda que surdas!
Em um mundo tão corrompido,
Sejam fortes em seus ideais,
Façam da justiça seu abrigo!





segunda-feira, 17 de junho de 2013

Humildade e Subserviência

" A Humildade exprime uma das raras certezas: a de que ninguém é superior a ninguém" - Paulo Freire, educador.





Paulo Freire: um dos homens mais humildes de nossa era.





Antes do Cristianismo, antes do perdão, palavra que possivelmente ganhara força desde então, havia guerras nas quais se aprendia a dar valor às honrarias, ou aos homens de valor. Deles, se retiravam aprendizados tão fortes, que até hoje prevalecem e nos enriquecem. Um deles é a humildade...

Para alguns, quase a maioria, humildade vem a ser sinônimo de pobreza. Temos que ser um pouco... “pobres”! – não no sentido literal, mas figurado; de modo a obedecer a regras, leis, disciplinas de terceiros, e, de antemão, esquecendo-se da nossa. Isso é subserviência (ou sujeição servil à vontade outrem. Dicmaxi Michaelis).

Humildade é seguir de acordo com a justiça, indo em busca de seus direitos e respeitando o dos outros. É mais, é saber lidar seja politicamente, seja religiosamente com a sua vocação, voltados sempre a um fim comum a todos, além de sua obrigação. É ser e estar.

Ser cidadão, não só alimentando seus sonhos de justiça, mas realizando-os dentro de suas possibilidades; é estar de acordo com as leis a que se deve obedecer, sabendo que todas elas são realmente justas. É pensar coletivo em atos. É provar na somatória de experiências que se pode vencer com a simplicidade das nossas armas, inerentes ao ser humano – vontade, amor, sabedoria, etc.

Humildade é ser o que somos. Não no sentido Cristão. Mas saber lidar com valores que estão resguardados (e latentes) em nós. Mesmo porque estamos geralmente em guerras, conflitos, diálogos bruscos, trazendo o que há de pior e melhor.

Não podemos baixar a guarda, como diria Marco Aurélio. Ao contrário do Cristão, que, interpretando de maneira errônea, diria “tome o outro lado de minha face para bater”. Possivelmente máxima detentora de comportamentos visíveis em vários seguidores, ou não, pois já virou inconsciente de uma massa que não sabe ou não quer rever seus valores, conceitos, e reaprendê-los.

E hoje, beirando a subserviência, a humildade calha em mostrar a parte mais fora do contexto humano que se pode perceber.

No Egito...

Quando entramos no Cairo, capital egípcia, e nos deparamos com pirâmides que assombram o tempo, nos perguntamos o porquê de tudo aquilo. E quando buscamos a tradição sentimos que a necessidade de mostrar a força simbólica divina aos homens de hoje foi tão necessária quanto o pão de cada dia em nossas mesas.

Nelas, a alegria, a dedicação, a força de um povo em mostrar o quão forte somos quando idealizamos em realizar algo tão maior do que nós, ou que o próprio tempo. Aqui não houve subserviência, mas humildade de um povo, de uma majestade em transformar uma época em algo ao qual nos referenciaríamos para sempre. E conseguiram.

Nós, no entanto, conseguimos dizer que havia escravos, pois não conseguimos fazer nada sem que haja algo em troca, como dinheiro, presentes, agrados... como se fôssemos cãezinhos na hora da comida. É assim que funcionamos, sempre em torno de algo que alimente nossa personalidade animal, e não compreendemos a vontade de alguém, seja em particular, ou levada a fazer algo que transcenda a si próprio, sem que seja escravo.

Hoje, mais uma vez, quando nos deparamos com exemplos tais, acreditamos que não existe, é mentira, então, o passado se desfaz, e iniciamos uma nova descoberta... a de que estamos certos, já que as opiniões convergem com nossos pensamentos.

Opiniões que dizem “todos egípcios eram maus”, outra, “os judeus eram escravos”, mais uma, “as pirâmides foram feitas por escravos...”. Isso, em nossa cultura é mais que normal. Tanto que fazem filmes hollywoodianos baseados em opiniões! E assim caminha a humanidade, de opiniões cegas.

A subserviência, a pior de todas, já alimentada pela falsa humildade, já não aparece no linguajar como antes, pois já colidiu com uma humildade mentirosa e se transformou em mero instrumento invisível na pele de muitos.

Minha grande mãe dizia... “Não se abaixe tanto, porque se pode mostrar os fundos!”... Ela sabia que a humildade ao extremo era sinônimo de escravidão. E não podíamos sê-lo, pois o que mais fazemos é reverenciar falsos homens honrados até nos mostrar escravos de seus interesses – isso vai para os grandes que querem impedir passeatas no mundo. E ela só reverencia a Deus.


Dessa forma, vamos fazer um pacto: tenhamos nossos objetivos em mente, e que eles sejam tão fortes quanto nós, e que não deixemos de abrir mão de nossos sonhos, e que se um dia formos escravos, sejamos deles – dos sonhos – porque as pirâmides um dia também o foram.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Verão que se foi





Se disser que não sinto,
Meu coração, como dói,
E meu ser se corrói,
Ainda sim... Minto.

Em imagens irrefletidas,
Conduzidas a teu rosto,
Em dias de loucuras furtivas,
Em que eu tocava teu corpo...

Ah, eram tardes de verão,
E um outono sem par,
Traduzindo em harmonias,
Por um dia, sem vão.

Teu sorriso sólido sem drama,
Entardecia ao meu lado,
Eu, um ser alado,
Perdido na acácia de quem ama.

Não era um amor furtivo,
Eventual, emotivo...
Era absoluto, astuto,
Em momento ativo.

O que dizer de minhas noites sem ti?
Céu sem estrelas, vida sem ar?
Apenas um corpo jogado sem rima,
A espera do verão voltar.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Solstício

Solstício: tão longe e tão perto.





Olho em teus olhos
E me cego sempre assim,
Pois nasces tão perto,
E ao passo, longe de mim.

As sombras de tuas nuvens me vêm,
E me deixam em cavernas ocultas,
O Encanto dos meus sonhos
Não se traduzem mais em lutas...

E sim, em te ver, receber, em te escutar.
Ver teus lábios amarelos,
Em meus braços singelos,
Em gritos infantis a me acordar.

Oh sol, Janelas para ti não há.
Assim, abro as portas de meu coração,
E Vem-me o poema fraco nos lábios,
Destoando o que seria uma canção...

Após, meus olhos se fecham,
E te vejo em minha alma,
Nas risadas de meu filho,
No sorriso de minha esposa amada.

E se distancias do céu nesse dia,
Não menos esplendoroso,
Não menos tradição.

Pois figuras desde outrora egípcia,
Tão dourada e ao longo calada,
Em teu mistério: vulcão.

Ao chegarem as estrelas,
Furto delas o brilho de teu amor,
Pois delas saem brilhos,
Assim como o da lua,
Teu encanto e pudor.

E acordo aflito e não te vejo,
Mais nuvens em teu coração,
Onde estás que não me respondes,
Grande deus, grande Amon?

Acima de meus desejos,
De meu egoísmo em si.
Perto de meu espírito lírico,
À procura de meu ser por fim.

Enfim...

Lá vêm teus raios, meu rei!
E deles vou aprender,
Transcender, e viver...
Aquilo que eu sei.









Ao Ideal. Tão perto e tão longe de todos.


A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....