quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A Serenata e o Luar






As teclas de minha alma tocam
                                              uma canção...
Rebentam como rios em rochas
Levando  pedras, erguendo restos,
Metáforas em formação...

Montanhas vesgas pelo olhar.
Caminham lentas ao sol,
Mergulham tarde nas ondas,
À noite, sombras além-mar.

Cânticos perfeitos nas brumas,
Que violam o invisível,
O homem sensível,
Após o amar.

Ressaltam na lua os santos,
Pecam feito crianças nos cantos,
É o amor que vai chegar...

Pois nas teclas de meu caminho,
Nos sonhos, em meu ninho,
Recordo o meu pardal...

Voava em meus espinhos,
Nos sonhos, nos cimos,
Caiu no limbo...
De meu astral.

Foi-se como sombra ao sol,
Como sal em mar.
Partiu para o véu das estrelas,
Para a paz do meu arrebol.

Toca canção da vida,
Acima de meu pensar,
Penetra no sol de meu ser risonho,

Eleva o meu sonho,
Sublima o perene amar,
O que é amar?

Senão abrir a alma ao desejo,
Abraçar o amor e seu velho lampejo,

Degustando seu pleno amar.

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