segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Filósofo, coruja do mundo.

Simbolo da sabedoria



A decadência, na maioria das vezes, se mostra na estrutura que se constrói, em sua inutilidade, na falta de ideias para com o social, e mais para o interesse próprio. Ela, em si, reside na falta de base para alcançar objetivos para com o próprio homem. E este, consequência de si mesmo, revela-se perdido, e  com certeza se encontrando em relatividades que ele mesmo edifica com o sentido de agradar a si mesmo, sem que haja a holística universal, em pequenos e simples atos, retornando para si mesmo em grandes e complexas consequências.

O filósofo por manter o absoluto em suas opiniões, baseadas em premissas tradicionais, revela-se um mantedor de esperanças nos dias atuais; diferente do partidário às religiões, ao mesmo tempo sendo religioso (não como na religião moderna), nas quais referencias se confundem com a psicologia; revela-se tão político quanto os de hoje, quando tenta salvar vidas do filho, do jovem, do maduro... do Imaturo. Não como um padre, mas sim como um ser que possui chaves naturais (graças às experiências) que a própria tradição o concebeu. E ele entendeu.

O filósofo, em sua visão, precisa de alimentos naturais, como a batalha do dia a dia, das guerras, dos conflitos, da integração consigo mesmo e com o próximo; o filósofo, que busca manter a paz com suas ferramentas de guerra, encontra nesses meios circunstanciais a resolução dos problemas que o atingem, e ao que mora do lado.

Guerreiro do Silêncio

Guerreiro, herói, santo, papa, cristão ou não , o filósofo se esconde em cada homem que gera a necessidade de pensar, buscar, conseguir, não se cansar, levando, em cada prática vital, a singularidade dos grandes que um dia pisaram no mundo. É uma das responsabilidades mais humanas e belas a que temos direito.

Outra responsabilidade é não temer a céus ou infernos, seja ele qual for, pois se sabe que tais argumentos em direção a qualquer  dessas  crenças não são válidas em razão de nações antigas já se referirem a tais coisas como símbolos que estão presos à natureza concreta, mas semanticamente presos ao homem, dentro de si. E a responsabilidade é seguir acreditando e buscando, dentro de suas possibilidades, com seu racional voltado ao Céu, a verdade e passá-la ao simples e complexo homem, como a um pássaro pequeno que quer apagar um grande incêndio – fazendo sua parte no contexto universal.

E quando me refiro a contextos, não me refiro a opinar acerca das guerras atuais como um locutor preso ao microfone e que o larga apenas quando lhe faltam ar. Não. O filósofo, por ser um mero e simples ignorante que busca seu lugar no Mundo, encontra soluções na tradição e no conhecimento deixado pelos homens de bem, religados ao deuses, os quais governavam com disciplina, amor, dedicação, e que nunca faltaram com seu povo.

Não deixa de ser opinião, no entanto, o que não nos difere dos demais. Ao mesmo tempo não deixa de ser partidário, e às vezes, radical, mas, quando se reconhece a sombra da verdade, não se esquece jamais.

Assim como Giordano Bruno, Joana Darc, Sócrates, que um dia viram a verdade, o filósofo dos tempos atuais deve sempre se referenciar neles. Porque, ainda que nos sejam distantes tais exemplos, podemos, em nosso meio, de algum modo, negar (e renegar) o que vai de encontro aos nossos princípios.

Para esses grandes que nos deram tais exemplos, era como se respirasse o ar da vida, para nós, atos como os deles são como dar a nossa própria vida; por isso, em nome de algo maior que nossas próprias vidas – que tal aos deuses! – temos que viver, e se possível, sobreviver, pois a terra precisa de homens que deem o melhor de si, para salvar a todos, com seus pequenos e simples atos...

Passeatas, Eventos...

Um filósofo não precisa ir passeatas, gerar consequências que não pode abraçar. Um filósofo não precisa se mostrar, também, filósofo em demasia, a dar explicações pseudo-intelectuais, o que faria dele um medroso por não ser pés no chão... Não há ninguém mais pés no chão (realista) que o filósofo.

Não há ninguém mais feliz, mais humano, mais fiel a si mesmo que o verdadeiro filósofo.


Um filósofo tem seu caminho disciplinado, virtuoso, correto, no qual até os degraus da escada que limpa são os mais limpos; por isso que se diz que não precisa fazer da filosofia uma disciplina, mesmo porque ela é inerente a nós, como o ar que respiramos.

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