No Rastro de Didymos Tauma
Pitágoras. Sua Matemática era sagrada. |
Sabemos que existe uma matemática sagrada por trás de tudo
que dissemos, dentro da qual cientistas especializados se contorcem em
expressá-la por meio de imagens, ou até mesmo ao nos explicar o tempo e o espaço
das questões inerentes ao cosmos. Mas se estudarmos um pouquinho mais, vamos
ver que essa questão pode ser estruturada a partir de homens consagrados no
passado que fizeram da matéria a conexão humana entre os deuses.
Pitágoras (nascido por volta de 580 aC) foi um deles. Quem
nunca estudou o Teorema de Pitágoras? Pois é, ali é apenas uma manifestação física
a partir de uma fórmula que nos faz entender a estrutura da matéria. Mas o
grande Pitágoras, considerado um dos mais importantes matemáticos da
antiguidade, como todos sabem, alinhava seus cálculos para descobrir a música
(música das esferas), o espaço, o tempo, enfim, algo mais profundo do que
geralmente se espera de um matemático. Diziam que, para entrar em sua Academia,
em principio, dever-se-ia saber geometria, e fazer parte do grupo dos matemáticos. Assim, mais tarde, também
na Academia Platônica...
A matemática sagrada nos ensina a entender que não somente
há números perfeitos, mas que, cada um, significa algo, mas um algo completamente diferente do que sempre
pensamos. Por exemplo... O Zero (0) significava Deus, e em algumas nações que
preservam esse sentido, pois o número, ao contrário do que refletimos acerca
dele, vem com a semântica do silêncio do Espaço, de Brahmam adormecido, do momento Pralaya do universo, enfim, das
estrelas não surgidas, do Escuro no escuro, da palavra não dita... A partir
daí, as manifestações... o Um, o Dois, o Três... Nesse terceiro número, far-se-ia
a Tríade que equivaleria o espírito manifestado.
Depois do Terceiro, manifestações puras foram surgindo, até
surgir dimensões maiores e compreensíveis ao olhar humano, mesmo assim,
relativas culturalmente, o que possibilitou interpretações inúmeras em livros
sagrados. Mas o mais importante é que todas elas concordam que daqueles três
pontos – como diria a teósofa Blavastsky – houve uma Inteligência organizada da
qual todos os astros vieram e se alinharam matematicamente, sem que houvesse casualidade
entre eles.
A partir deles, desses três pontos, a Filosofia iniciou um
processo de estudo humano, no qual todos os pontos macros foram encontrados
dentro do homem, e neste, mistérios que poderiam ser visualizados no Macro, ou
seja, tudo estaria dentro do Todo – o homem no Macro, e o Macro no homem... Por
isso, na Astrologia do Timeu, livro de Platão acerca dos mistérios de
Atlântida, o escritor nos diz que as almas humanas estão em conformidade com as
almas do universo, e se fundem – como dito em textos anteriores.
A questão, no entanto, vai além. Uma estudiosa do assunto, a
Teósofa Helena Blavatsky diz que o uno é dotado de dimensões das quais o próprio
homem aparece como portador de todas elas – isso é Platônico. E subdivide todas
elas como elementos internos, ou subcorpos que equivalem Personalidade e
Espirito...
Voltamos amanhã
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