sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Dimensão Sensível


Egito. Uma cultura que sabia viver ao lado da morte.





... Muitos filósofos do passado se referem à parte inferior, à personalidade, como sombras que se vão em meio à luz. Dá para entender a alusão que fazem ao quaternário do homem principalmente se estivermos olhando do alto. Mas não estamos no alto, e sim, dentro de uma persona (como diziam os gregos), de uma máscara que se vai após “o pequenos sono”, como diria a teósofa Blavatsky, quando se refere à brevidade da vida.

Se pudéssemos realmente enxergar a vida dessa forma (como um pequeno sono, dentro de um veículo) não estaríamos fazendo alusões teóricas a respeito dos grandes, nós seríamos um deles. Mas isso não importa. E sim, a maneira como nos portamos frente ao mundo, às pessoas, e a uma sociedade que nos instiga questionamentos acerca de uma mudança gradual em nós mesmos, em nosso veículo natural – o quaternário.

Quaternário...

Como fora dito nos textos anteriores, temos faíscas de dimensões em nós, as quais sintetizam um universo invisível e ao passo sensível ao prisma da grande Maya – deusa Indiana, que sintetiza as ilusões do Mundo. 

E em nós, temos o sthula sharira, termo sânscrito, que significa corpo – físico, denso, -- enfim essa dimensão terra da qual vivemos e damos tanta importância, tem a grandeza a partir dos elementos visíveis no universo, e em nós representado pelo físico, composto pelo éter, por isso, também chamado de étero físico. Na realidade, vamos dar importância ao que temos a partir desse veículo, pois ele será a ponte dos elementos que nele residem, ou seja, de nossas energias. 

E por falar em energia, temos Prana, ou o corpo vital, responsável por carregar a vida, do grande oceano misterioso que corre lá fora, de forma invisível, tal qual brisas que não vemos e nela estamos, e que ao passo se encontra em nós.

De Prana, podemos dizer que somente os iniciados nos mistérios ocultos podem (podiam) manipular, assim como os sacerdotes egípcios, os quais em meio a seus estudos, e com fórmulas bastante complexas, faziam ressuscitar  sempre que necessário vidas animais ou até mesmo humanas. Tal procedimento também passou pelas mãos dos Alquimistas de séculos atrás, mas foram esquecidos por serem confundidos como bruxos.

Na Bíblia, no capitulo em que Lázaro ressuscita, dizem (somente para informação) que Jesus, por ter poderes de manipular a energia prânica, poderia muito bem tê-la usado no sentido de trazer seu amigo de volta à vida... “ressuscita, Lázaro!”... Mas são apenas informações.

Contudo, informações preciosas as quais poderiam (e podem) nos dar um norte do que os iniciados – e Cristo o era – faziam em circunstâncias como a descrita. Hoje, no entanto, temos pessoas que sequer passaram por escolas normais, quiçá de iniciação, e brincam com tamanhas forças desse elemento.

Linga Sharira. Mais um termo sânscrito que significa corpo astral, ou duplo etérico, responsável por abrigar o reflexo de nossas emoções; tanto que é que, coloquialmente falando, dentro do nosso meio, há pessoas que demonstram seu astral perturbado, e refletem isso no físico.

No antigo Egito, a importância desse elemento era tanta que, segundo Cristhian Jaq, autor de diversos livros acerca da civilização, que, quando enterravam pessoas – fosse no Vale dos Reis, lugar onde enterravam as autoridades, fosse  em locais longe dele, havia uma celebração, uma homenagem ao morto que se ia para o além, mas sabiam que, antes disso, seu corpo prânico – astral – estaria entre nós por muito tempo ainda; e mais, impostos eram cobrados até determinado tempo à família, sempre contando com o astral do morto, como se ele ainda estivesse vivo.

Enfim, não podemos entender com nossos olhos modernos tal comportamento de uma cultura que, no passado, era tão avançada quanto qualquer uma hoje em termos espirituais. Podemos, no entanto, entender que, se antes davam importância tamanha a esse elemento (subcorpo astral), o nível de consciência nosso de cada dia em relação ao que sabemos se torna a cada dia mais ínfimo, ou seja, é preciso que repitamos todos os dias “Só sei que nada sei mesmo”.

Para finalizar, temos  o quarto e último subcorpo: o Kama Rupa, ou corpo dos desejos, ou como conhecemos, o subcorpo em que reside nossas emoções. Dele vamos falar à parte no próximo texto.




Enfim, aqui já podemos dizer que percorremos metade do nosso caminho para elucidar um pouco o rastro de Didymos Tau´ma e seu mestre, Cristo.



Voltamos com mais quaternário na segunda.

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