No Rastro de Didymos Tau´ma
Para compreender o simbolismo das palavras do mestre cristão, temos que nos remeter também a um mundo no qual filósofos, teósofos e primeiras civilizações se importaram em explicar, de maneira distintas, mas a pontos semelhantes: o surgimento do átomo.
Universo Grego. Estrutura Clássica. |
E o verbo se fez, o um se fez.
Todas as referências clássicas com relação às palavras significam o
aparecimento da matéria, da expressão máxima de um Logus que maximizou a
Energia e produziu a menor partícula do Universo – o átomo. Aqui cabem conceitos teosóficos e filosóficos
acerca do aparecimento dessa partícula.
Como todos sabem, cientistas há
que acreditam que o universo surgiu a partir do Big Bang... Uma “pequena” explosão que, segundo estudiosos do
assunto, se deu há um pouco mais de 13 bilhões de anos. “No
início só existiam quatro energias, a força nuclear forte e fraca,
eletromagnetismo e força gravitacional. Por um fenômeno aleatório, a força
gravitacional se desprendeu das outras três, que não se estabilizaram mais,
então começou a se expandir, gerando assim a explosão”...
Antes dessa grande explosão, os grandes cientistas não sabiam
(ou não sabem) o que havia, pois não calculavam que o próprio universo respirava
(e ainda ‘respira), como um grande ser vivo – como dizia Platão – e nesse
respirar, movimentos de desprendimento e de recolhimento se fazem, em
circunstancias completamente diferentes. Na Índia Antiga, quando havia um conhecimento
mais direcionado, sábios diziam que o movimento de expansão, evolução, do
Universo chamava-se Manvanthara, e o de recolhimento, involução, Pralaya – isso
desde que o universo é ele mesmo. Ou seja, desde sempre.
Claro que nossos cientistas, mais tarde, descobriram tais
movimentos, não baseados na tradição, e sim pelos estudos incansáveis, o que
lhes poderia ter sido poupado se tivessem a par do conhecimento antigo, mas,
segundo eles, tal processo, atualmente, o de expansão, ainda se faz e de maneira
acelerada, o que quer dizer que, querendo ou não, o Universo está propicio a
iniciar, o quanto antes, o processo de volta, Pralaya...
Voltando ao átomo
Quanto falamos em átomo, introduzimos o pensamento a uma partícula,
a nosso ver, por mais indizível que seja de tão minúscula, juntamente com seus prótons,
nêutrons e elétrons, existente, como matéria. No entanto, confundimos muito
quando nos referimos ao átomo como conceito tradicional.
Por exemplo, Demócrito, de Abdera (460 aC – 370 aC), que
sempre silenciou os mais estudiosos ao se referir à partícula como pequeno
tijolo vital, o que estrutura o universo, não fazia alusão ao átomo científico ao
tocar na palavra átomo, mas a um elemento que mais tarde Blavatsky vai chamar self, ou Alma do universo.
Timeu
Timeu
Platão, nessa mesma tangente, fez refletir
sobre o mundo material, esse que vemos e nesse que vivemos, como um mundo –
universo perceptível, e o não, composto pela Alma do Universo, seria o indizível,
o inteligível, nascido do Ideal, da Inteligência, sobre a qual temos
complexidade em explicar aqui.
Mesmo assim, o filósofo grego nos
encaminha ao pensamento astrológico, racional, deixando claro que não se pode
expor de maneira fácil ao que chamamos de Universo, átomo, matéria... Há de
convir, temos que elaborar formas nas quais podemos perceber essa elaboração do
mundo, por meio de potencialidades as quais chamadas e denominadas de deuses
(e por que não?), como personagens de mitos que explicariam o que hoje o homem-cientista tenta por meio de suas descobertas fazê-lo.
E você deve estar pensando..."O que Cristo tem a ver com isso?"...
O átomo não é só uma partícula indivisível, material, mas, ao ver nosso, o início de tudo, até do Espírito. E o mito vai explicar isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário