No rastro de Didymos Tauma
Platão: um brilhante mistério . |
Há muitas divagações acerca do que somos internamente, sendo
um amontoado de opiniões deveras ligadas
à massificação, a deturpações, de grupos e indivíduos que se julgam sábios.
Mas, na realidade, se nos detivermos nessas opiniões e fizermos analogias com o
que foi estudado há séculos pelos guardiões iniciados, veremos que são somente
substratos incoerentes com verdade.
Para quem respeita a filosofia grega – a platônica,
pitagórica, zoroastriana, sabe que a essência delas sobrepuja a qualquer uma em
razão de ser uma das épocas, como não se sabe ainda, em que os maiores pensadores
com suas ideologias transformaram e marcaram aquele tempo e o nosso para sempre.
E, hoje, quando nos referimos a Alma, a Espírito, a Corpo,
devemos sempre deixar claro que todos esses elementos, de alguma forma, vão
significar não algo literal, justamente pelo fato de serem, a nosso ver, uma
natureza compreensível, e por consequência
deturpável... E foi assim que o Ocidente entendeu, deturpou e levou a gerações
a incutirem o que bem entenderem a respeito de tais elementos.
A prova disso é que no Ocidente, há muito tempo, padres se iniciaram e
desceram as escadas da pirâmide da sabedoria com intuito de levar às massas o
que não poderia ter saído das escolas iniciáticas; sábios
falaciosos de rua nasceram, cresceram e, até mesmo na era em que Sócrates era vivo, e que os combatera
arduamente, "ensinavam" em troca de valores em
espécie.
A Natureza Humana
Antes disso...
Quando Platão escrevia acerca do que chamamos corpo e alma e
homem, não se referia ao que conhecemos como tal. Como iniciado que era, não
poderia detalhar, esmiuçar em palavras ao público em geral, mas racionalizar,
no sentido mais inteligente da história, o que tais elementos significavam
dentro do prisma filosófico, pois era mais que proibido, era um dogma
universal...
E quando o mestre falava em corpos, por alto, referia-se a
parte concreta, em uma dimensão criada, corruptível; por outro lado, a parte
eterna, formada da mesma essência do absoluto. Para ele o homem é composto por
1) um corpo mortal, 2) um principio imortal e 3) uma alma separada, é o que
chamaríamos (ou chamamos) de homem físico, a alma espiritual ou espírito, e
alma animal (o Nous e psique)... *
Um conceito que até mesmo o discípulo Paulo
englobou, segundo H.P. Blavatsky, iniciado também nos mistérios ocultos (!), ou
seja, ele tinha o mesmo conceito platônico acerca de alma e espírito quando
conceituava o homem, o que não era desrespeitoso ao fiel cristão, pois muitos
depois dele, do discípulo, cristianizaram Platão, ou seja, tiveram a mesma
ideia, mas cravaram como ideologias sectárias mais tarde, desconfigurando o real conceito.
Mais tarde, observaremos que tais aspectos foram esmiuçados
nos sentido de explicar outras dimensões em forma de subcorpos, mas que, assim
como as primeiras, não foram reveladas completamente pelos filósofos do
passado, justamente pelo fato de que
haveria a ascensão das religiões, e por consequência a elucubração de conceitos
novos, misturados aos do passado.
Enfim, os aspectos humanos internos até então estão resguardados,
graças a sabedoria dos iniciados. E por isso vamos respeitá-los como devemos.
No próximo episódio, mais homem setenário.
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