segunda-feira, 5 de maio de 2014

Plásticos ao vento (o início de uma Política)

Refletir acerca da Política como organização.

Falamos em uma estrutura delicada, que é a religiosa, na qual submetem seres a adotar pensamentos, ideologias, cultura, opiniões e perder uma identidade graças a uma organização voltada para isso. Deixamos de falar, no entanto, do papel do homem comum no próprio contexto religioso que é buscar sempre uma organização maior, sombra de suas próprias possibilidades.

O homem, na verdade, não precisa ir atrás de sombras, mas realizar-se internamente, como ser sagrado, não religar-se em qualquer canto, seita, ou meio para conseguir seus objetivos religiosos, pois isso o deteriora, e não volta mais a razão.  

Esse homem, filho do dia a dia, das aparências Ocidentais, em conflitos políticos e também religiosos, se submete à própria dor como naquela piada em que um homem diz “uma casca de banana no chão, ah não!!”, e o outro espantado diz... “mas por que você diz isso, amigo”.. Então responde o infeliz, “serei obrigado a cair de novo!”...

O homem comum tem que saber pular as cascas da vida ou tentar retirá-las do seu presente. Olhá-las e assumir a fraqueza, escorregar nelas então, seria (e é) o fim de um ser que nasceu para se organizar frente a uma estrutura como ele é em si.  E isso é tão real e certo que, em civilizações passadas, acreditavam que o homem nada mais era que um microuniverso, e o universo, um grande organismo, um ser do qual poderíamos retirar a maior das organizações...

É um fato. É claro é certo. Muitas das cidades antigas, principalmente as egípcias, foram cópias do que chamaram de universo invisível, retratadas tais quais os sacerdotes as viam, e por fim faziam com que outros iniciados engenheiros-arquitetos trabalhassem em sua construção. No fim, a energia que passava pelo céu, passaria como brisa naquele mundo. O sagrado estava em tudo.

A volta do Político

Vamos falar um pouco daquele que saiu da caverna, viu e se entusiasmou (de entheo, Deus em si) com o Bem e se enamorou da Verdade.

Quando aquele individuo (ser indivisível) saiu da caverna e se deparou com outro mundo, sentiu uma grande alegria, um grande espanto e ao mesmo tempo uma necessidade de levar a verdade a seus irmãos que estavam penando dentro da escuridão....

E quando o fez, infelizmente, teria sido desacreditado e por fim, segundo o grande mito, sido exposto ao ridículo. Assim é a política, segundo o mestre, a qual, tem, por entre outras funções, auxilia-lo em seus pensamentos, como diria Sócrates, por meio da maiêutica, a gerar por si mesmo a verdade – e foi isso que fez em Atenas, mas fora condenado à morte.

Platão, com isso, quis demonstrar que, ao contrário do que pensamos, podemos nos desfazer de nossos frágeis e quase eternos princípios, pois nos embutem realidades com a finalidade de nos aprisionar ao que não somos. Para isso, usam nossas próprias fragilidades, paixões, e desfazem nossos conceitos mais internos com intuito de prevalecerem como nossos referenciais.


Política, enfim, seria completamente o contrário do que vimos na obra do mestre grego. Talvez, em essência, ela se mostre assim, mas a realidade é que quando sabemos que estamos dependendo desse fator nos sentimos mais presos às falsidades antes das realidades a que temos direito. 

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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....