quarta-feira, 14 de maio de 2014

No rastro de Didymos Tau'ma

Tomé. Sempre querendo ver para crer. Ou tocar...




Um homem que já estava nos planos do universo modificar as estruturas humanas para sempre. Um homem ocidental. Sua vida repleta de significados, seus atos, de simbolismos. A partir de hoje, colocarei em meu humilde blog palavras cuja semântica vai nos remeter ao maior dos mistérios, ao próprio ser humano. No sentido mais latente possível, com explicações baseadas em premissas filosóficas tradicionais, nas quais lembrar-nos-emos de H.P. Blavatsky, Platão, Plotino, e nosso querido amigo do qual nos despedimos no texto anterior, Epíteto, a fim de explicar um pouco acerca do que Jesus, o Cristo, falara há dois mil anos ao seu possível discípulo... Tomé.

Por que possível? Sempre houve e haverá contradições acerca do que o mestre passara, fizera e realizara, por isso, estruturaremos nossas parcas linhas em uma das últimas descobertas que se dera no Alto Egito, em 1945, quando dois camponeses, no deserto, caminhavam em busca de um fertilizante natural na área.

No sopé do Jabal al-Tarif, começaram a cavar e ali encontraram um jarro. Na esperança de ser um tesouro escondido dentro dele, quebraram-no, e, e nele viram um quase pergaminho com escritos da época do salvador dos cristãos, de mais ou menos dois mil anos de idade. Segundo informações, eram de Tomé, o discípulo que, como todos conhecem, pelo menos ao que se refere a sua pessoa, e virou sinônimo, a sua dúvida extrema quanto ao que se tentava demonstrar a ele... Para ele, Tomé, nada passaria se não pudesse ver... Era o “ver para crer”...

Depois de estudos feitos por este que lhes escreve, percebi que tal sinônimo também pode ter sido um pequeno meio de tentar explicar não só o comportamento daquele discípulo, mas também das nossas fraquezas, da nossa ignorância frente à vida, que sempre nos remete seus mistérios, suas nuances, dentro de nossas possibilidades, e mesmo assim não acreditamos... Somente quando a vemos.

Mas Tomé, Didymos Tau´ma, Tomé, (ou Tomás), não foi somente este homem que nos remete esse pequeno símbolo, mas, segundo os textos, um dos discípulos mais incríveis que se pode perceber nas falas, conversações com seu mestre, nos retirando dúvidas quanto ao seu papel limitado em apenas duvidar das palavras do mestre...

Escritos

Os escritos de Tomé, que nos chegram em forma de textos evangélicos, são interpretações sobre o que Cristo dissera, já que, como todos devem saber, não deixara nada escrito; muito pelo contrário, todos a que se refere à Bíblia, em anos de pesquisas pelos estudiosos, deixaram suas palavras acerca da vida do salvador apenas anos depois... Muitos, até, séculos depois. Isso quer dizer que, querendo ou não, alguns textos ditos de Mateus, João, Pedro... não foram destes e sim de outros que de seus nomes apropriaram-se.


Enfim, sem entrar em polêmicas por enquanto com quem escreveu os textos bíblicos, teremos, dentro do que prometi, que usar de respeito para com aqueles que seguem o salvador, sem deixar rastros de dúvida que tais interpretações são meramente filosóficas, não fictícias, não modernas, a que abrange conceitos polêmicos que não nos servirão de nada, mas a tradicional, que nos remete a nós mesmos, e sempre com esse vigor, de reconhecer nosso universo, o qual sempre esteve aqui, ao nosso lado, ou melhor, dentro de nós...






Até amanhã
É ver para crer

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